quarta-feira, 29 de dezembro de 2010

Falling from grace cause I've been away too long...


Deixando tudo o que lhe foi presa, pegando tudo de volta, e arrumando novamente. Não é um nome diferente, nem a mesma coisa... Pessoas vão, pessoas vem. Roles vão e vem também. Se tem algo nessa vida que não é certo, é o relacionamento para/com as pessoas. A unica certeza é sobre como os seus pés estão firmes no chão. Na bifurcação do caminho, há ventos paralelos que te levam, buscam, e trazem de volta ao solo. O flutuar eterno não existe. Ele dura um tempo só, é aí que dentro do parenteses do vento paralelo existe a escolha de flutuar com a corrente leve e benevolente, ou hesitar e não arriscar a queda alta e brusca.
Por que não flutuar? Se não flutuar agora, um dia irá ceder, e sabes que isso acontecerá mais vezes.
Oportunidades, de todas as vezes que lhe ocorre é diferente, com pessoas e lugares diferentes.
Antes de aceitá-la deve pensar muito, e conhecê-la a meio. Mas não perca...
Por que não flutuar? O que resta além disso é ficar na grama olhando a direção dos ventos, observação é uma defesa ótima quando se tem medo de sentir a intensidade das coisas.
Mas eu acho que já fiz muito sobre a observação...
Deixando os erros para trás, e indo flutuar no imenso ar dos mares de Floripa, sentindo a intensidade daquele que me é de libra.

terça-feira, 28 de dezembro de 2010

A vida em caixas

Entre as últimas caixas empilhadas e o ar pesado e quente de um dos verões mais quentes que já vira, encostou-se na parede deslizou até cair sentado no chão do quarto quase vazio. Levando as costas da mão a testa para enxugar o suor, observou exausto as 4 paredes que o cercavam e passou a imaginar o quanto aquele lugar significava pra ele. Aquelas 4 paredes brancas cercavam o seu mundo particular onde, desde cedo, aprendeu as maiores lições que a vida poderia ter ensinado nos 12 últimos anos.

As paredes conheciam ele melhor do que qualquer um.

Elas acompanharam-o, desde garoto até virar um homem.

Homem que se tornou, agora sentado no quarto vazio - exceto pelas últimas duas pequenas caixas que se empilhavam próximas a ele - imaginou quanto aquele universo parecia vasto e de infinitas possibilidades e agora não passava de um quarto vazio, vago, sem vida, sem memória.

Mas haviam boas lembranças daquele lugar no qual cresceu e agora havia de deixar. Também haviam as ruins, que preferira sepultar nos recantos mais escuros de sua mente.

Levantou-se com calma, e abraçou as duas caixas equilibrando-as e mantendo-as empilhadas assim como estavam no chão. Eram os últimos livros da época da escola que não devolvera quando deveria ter feito.

O vento fresco que entrava pela janela junto com a luz do sol das 3 da tarde contrastava com o ar quente e pesado que pairava entre as quatro paredes enquanto ele se dirigia a porta aberta e imaginava porque aquele lugar lhe trazia memórias tão ruins e dolorosas quando a grande maioria das lembranças eram doces e felizes.

Talvez as lembranças ruins fossem mais marcantes, e durante as noites sem sono deixavam de estar no passado pra habitar o presente.

De qualquer forma, a decisão estava tomada: homem, ele deixaria a casa que entrou quando ainda era um menino.

De uma vez por todas, foi até a porta, conseguiu abraçar ambas caixas debaixo do braço esquerdo levando a mão direita ao trinco frio e metálico da porta. Antes de fechá-la, fitou por uma última vez aquelas quatro paredes e aquele universo agora já era só um quarto vazio com um ar mórbido e quente de verão.

O que ele chamava de "casa" seguiria-lhe pra onde quer que fosse, ali só ficariam lembranças marcadas na madeira e no cimento daquela casa que, um dia, seria o lar de outra pessoa.

Esqueceu tudo isso e, já com os olhos cheios d'água, fechou de uma vez por todas a porta para que nunca mais fosse aberta - pelo menos, não por ele. E o som da madeira se chocando com o batente e do trinco frio se fechando ecoou eternamente pelo corredor.

Ali ficou lacrado o seu passado, mas as lembranças ele levaria pra sempre em sua mente.

"Nem mais sei quem é você que está aqui de mudanças.
Só vou lhe deixar ai solidão e lembranças"

sábado, 25 de dezembro de 2010

[IN]Feliz Natal

É, chegou aquela época do ano em que todos nós reuinimos com a família pra celebrar as festas que fecham o ano vigente e oficializam o começo do próximo.

Então você pensa: o que eu fiz esse ano?

Nada.

Eis a depressão natalina =D

Perceber que, no fim de mais um ano, um bom tempo se passou e você permanece na inércia, sem mudança, sem ter feito aquilo que queria/deveria ter feito.

Mas, pelo menos pra mim, apesar do ano ter sido horrível, fui imensamente recompensado com esse final. Existem coisas grandes acontecendo e não consigo entender todas elas, mas eu não preciso.

E só espero me dar o verdadeiro presente já em 2011.

Abraços falsos, porém amistosos.

I know this year's been miserable but i have faith the end is beautiful. It's just the road to get to you that's hard.

quarta-feira, 15 de dezembro de 2010

Oh, Maria Joana.

Venho aqui com a cabeça girando a mil e pensando mais mil coisas, mas na real não consigo capturar muitas, sabe? Elas se misturam e as vezes eu tento encaixá-las umas com as outras mas não faz muito sentido...
Meu capricornio guarda muita coisa que no dia-a-dia eu acho tão ridiculo.
Eu odeio crianças de 16 anos que fazem biquinho pra tirar foto, essas milhares de cabeças ocas de boi homossexual que andam na rua esbanjando glitter e infantilidade no visul justin biba (WTF? Como já dizia Ozzy), Eu passaria uma máquina de triturar em todos eles (Quanto ódio em seu coração, Bruti). Mas eu me revolto também, com os pais, que deixam suas crianças regredirem. Não deixam beber, não deixam ir em tal lugar, mas acham lindo quando suas crianças estão nessa moda infantil totalmente sem cérebro que se julgam inocente, mas que de inocencia não tem nada, é só acefalia. Alguem me disse ontem que a culpa de toda essa merda moderna dos anos 2000 eram os pais, eu concordo. No dia em que meu pai me viu ouvindo reggae ele já falou pra tomar cuidado pra não fugir das minhas raizes punks. hahaha é disso que tô falando. E digo mais, eu não respeito mesmo essa antiga geração que se diz "Experiente". Gente, experiencia não é a mesma coisa que respirar. Viver não é questão de você estar em saude, ali, respirando. Viver não é essa ordem de cadeia alimentar (Vide predador: Dogmas da sociedade & regras). Não confundam VIVER com EXISTIR. Você está jogando o nome da essencia em vão. Não faça isso, bastardo conformado. Seguir a moda, seguir a linha alheia, seguir em frente, seguir a correnteza pelo medo do fracasso te torna mais perdedor do que eu, que passo por aqui escrevendo merda sobre você.
Agora colocando um dos segredos da alegria da adolescencia em pauta: Beber e etc'.: Não é questão de fraqueza, muito pelo contrário. É questão de curiosidade, de conhecer o teu interior oculto, de ver a vida de outras formas. Até mesmo de tirar o teu medo.
Limitação, auto-impor uma regra sim é puro medo.
Não tô falando de beber, não só disso, nem tô falando pra você fazer algo ou não fazer, nem pra pular de uma ponte. Mas uma coisa que devo alertar aqui é sobre a paz que você quer dentro de você, pra conquistá-la, antes, deve apresentá-la a assencia de diversos tipos de coisas. A ideologia está ligada a cegueira e a alienação, hoje sim, eu falo isso sem medo. Antes de afirmar algo, conheça o outro lado. O que você tem a perder experimentando? Tempo? E o que é tempo pra você? Você nem sabe sobre o tempo, ninguem sabe sobre o tempo. Não podes dizer que vai perder tempo, se você não sabe o quanto de tempo tem. Pode cair um avião em sua casa agora, enquanto lê isso. Ou amanhã você pode descobrir que tem cancer e dizer "Porra, o que vou fazer agora? Aproveitar os ultimos minutos? Ir pra um hospital?'' E ali se bate o desespero sobre o tempo, o que acontece é que as coisas previsiveis sobre o fim do seu tempo não compara com as grandes coisas imprevisiveis que pode CAIR sobre você e acabar com tudo agora. Nós não sabemos mais do que sabemos. É por isso que eu digo, para tentar colocar intensidade em tudo aquilo que faz. Sendo criança, jovem, adulto, idoso. Sendo alternativo, sendo punk, sendo skater, sendo vagal, sendo hippie, sendo from metal, sendo sxe, sendo vegan, sendo dono de uma churrascaria, sendo surfista (hm), sendo finlandes vivendo no brasil, sendo gordo, magro, negão, albino.
Isso não voltará mais, meus amigos, apesar de algumas teorias, você não se lembrará nunca mais sobre a vida, depois que acabar-se. Nós esquecemos mais do que sabemos. Portando, olhe o teu modem agora, dê um abraço nele, sinta o físico como se fosse pela ultima vez. Dê um oi pros maluco que tão cantando no teu Media Player.
E o mais importante: APARENCIA não é nada. Não se faça para outros humanos em momento algum, ninguem irá morrer por ti. Não deixe de ser o que você quer ser se alguem te diz que não pode.
Outra coisa: A maioria dos humanos são deploráveis.
As coisas intensas, você sabe com quem pode compartilhar.

É isso, escrevi muita merda por hoje. (Graças a Maria Joana) digo...

segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

HD VS MEMÓRIA

Forte é aquilo que insiste em estar contigo mesmo que involuntariamente. O Subconsciente deita em rola em cima de nós, e muitas vezes nem vemos. Controle? não temos.
Coisas rasas e superficiais que passam diante de nossos olhos são apenas reflexos do que está acontecendo ao seu exterior. As respostas que você quer, são trabalhos inacabados dentro de você.
Perguntas sem respostas é a grande máquina que faz o teu cérebro descansar e/ou procurar por outras questões.
Respostas inacabadas é a grande trava que acontece nessa maquinaria dentro de você, que te faz voltar e tentar seguir, voltar e tentar seguir, voltar e tentar seguir, voltar e tentar seguir. As vezes a coisa é tão boa que você, propositalmente não quer enxergar as respostas.
Respostas: Pra quê? Até parece que relacionamentos pessoais são feitos a lápis e caneta. E não a experiencia.
Mas como eu disse, na maioria das vezes esse questionario fica preso a tanto em tua memória, que passa a se tornar parte de você e empreguina em seu corpo. Sem controle, nós somos.

quinta-feira, 2 de dezembro de 2010

Hell or High Water

Hi there.

Hoje vou falar sobre algo menos - bem menos - convencional.

Esse é um post para os OTIMISTAS.

A vida é tão cheia de possibilidades que é praticamente impossível haver algum tipo de segurança plena acerca de alguma coisa. Ter certeza de alguma coisa é um privilégio dos otimistas.

Mas HOJE eu estou do lado deles.

Pela primeira vez na vida eu tenho CONVICÇÃO de alguma coisa.

Eu sei que quero, sei que posso e sei que vou conquistar meu espaço.

Eu tenho certeza do amor que sinto e de que ele é sim recíproco. Tenho certeza que aprendi com os erros do passado para não cometê-los de novo. Tenho certeza de que em certo ponto da vida coisas boas acontecem. Tenho certeza que vou superar o que há de vir.

Mas e as possíveis variáveis? E se eu estiver errado?

Bem, se eu estiver errado, vai ser só mais uma vez. Se não, vai ser a única vez que realmente será relevante.

quarta-feira, 1 de dezembro de 2010

Go on, take everything.


Cada dia que passa eu menos me questiono sobre a balança que equilibra o "bem" e o "mal", mais diretamente a colocar teu corpo e teu "coração" em riscos.
A partir do momento da "não ação", os teus sentimentos continuam sentindo, mas dessa vez diante da ausencia de um propósito, eles sentiriam um vazio imenso; E a partir do momento em que eles sentem algo muito profundo ele se torna muito frágil a qualquer tipo de rejeição a ele mesmo.
Aí eu me confirmo: Não temos escapatórias, amiguinhos. Ou você é forte, ou você morre.
A unica certeza que temos é que esse mundo é perigoso demais para nós, humanos. A unica coisa "especial" que nos diferencia dos animais é o sofrimento mental para/com relações muito complexas sobre outros humanos. Não é tão fácil assim abandonar outro membro da familia, ou teu companheiro, e seguir em frente pensando em comer simplismente, infelizmente somos mais complexos que isso, querendo ou não. The fuckin feelings remains. E assim continua...até que você ache outro pra tentar te matar. PS: e ninguem pode te salvar disso. :D

sábado, 27 de novembro de 2010

Ás vezes eu queria ser BURRO

Não que eu seja inteligente, muito pelo contrário.

Porém pessoas ignorantes são abençoadas com o dom de NÃO PENSAR muito. O que tem seu lado ruim, mas pelo menos funciona como um escudo emocional. A partir do momento em que você não se esfroça pensando na sua vida, automaticamente você não vai pensar coisas boas, mas também vai dispensar as ruins.

Quando eu paro e penso de forma CRÍTICA sobre a minha vida eu acabo chegando a conclusões NADA agradáveis. Inclusive um dia pretendo resumir minha vida e postar aqui. Não será difícil.

Por enquanto, só tenho a dizer que estou cansado de mim mesmo.

See u later.

"Today is the day that I drown for the fun of it.
Today is the day that I laugh in the dark.
Today is the day that I see myself for what I really am...
Dead to the world."

sexta-feira, 26 de novembro de 2010

Ciclo social é para os fracos

E tenho dito.

Só sujeitos de espírito elevado conseguem viver isolados, distantes dos amigos, distantes da família e de tudo mais.

É assim que se busca a elevação espiritual. u_u

Não é com quem você anda ou onde você vai que te mostra que tua vida é boa ou ruim.

Também não é seu carro, sua casa, seu emprego, sua conta no banco, suas roupas, seus sapatos ou sua lista de peguetes.

Nada disso faz sentido quando se é um adepto da arte do "Forever Alonismo".

E fodam-se vocês vermes irracionais que sentem a necessidade de socializar como uma forma de se afirmar dentro da sociedade.

Sou indiferente a ela e a recíproca também é verdadeira.

Sim, esse foi o post mais escroto do blog. Mas é só pra tirar o número 24 da contagem =D

^^

"Don’t try to make yourself believe…that you’re someone you can’t be!"

sexta-feira, 19 de novembro de 2010

The Stockholm Syndrome - Part 1

Antes de começar vou agradecer a deus (mentira) porque a Brutty voltou a postar nessa merda =D.

E esse papo místico das runas e astrologia dela é tenso, mas vale a pena se aprofundar.

Porém agora vou sair desse campo onde sou leigo e falar mais sobre paranóias a respeito da dinâmica social aplicada ao plano emocional (chato né? Então foda-se, não leia).


A melhor definição do fracasso é não conseguir alcançar os objetivos da sua vida, sejam nas coisas pequenas ou nas realmente importantes que podem mudar o seu futuro para sempre. O fracasso inclui desde não passar naquela maldita fase do game que você odeia mas insiste em jogar até perder aquela promoção foderosa que alavancaria sua carreira. Ainda vale lembrar que o fracasso é uma ferramenta natural do amadurecimento pessoal. Ele existe como uma forma de te dizer que você não é tudo o que pensa ser e que todos estamos sujeitos a falhas e erros.

O sujeito tido como FRACASSADO é aquele que tem o erro, a decepção e a falta de capacidade como hobby. Enquanto alguns gostam de pintar, escrever, praticar esportes ou beber com os amigos, esse sujeito tem como principal atividade falhar em praticamente tudo que tenta.

Esse "fenômeno" se manifesta (normalmente) ainda na puberdade, momento da vida que é melhor descrito como "sucessão de fracassos que dura até a fase adulta". Porém, o que para alguns é só uma fase, para outros dura pra sempre e eles acabam por se acostumar ao fracasso. Encontram um aconchego emocional na incapacidade, no ato de perder em si.

É aqui que entra minha teoria.

Se você é nerd e sabe o que é a Síndrome de Estocolmo, meus pêsames.
Se ainda mantém um ciclo social, tem vida sexual ativa e não perde tempo com essas coisas, explicarei de forma bem simples, grotesca e nada acadêmica.

A Síndrome de Estocolmo é um quadro psicológico meio sinistro onde a vítima de um rapto passa a ter um sentimento de afeição pelo seu sequestrador. Explicado de forma bem resumida é isso.

Essa síndrome, segundo eu mesmo (wow, grande ponto de partida), também se aplica no campo emocional. O tal sujeito que antes eu citei acaba criando AFEIÇÃO pelo sentimento de incapacidade, rejeição, decepção e culpa. Ele acaba criando laços com esses sentimentos criando uma zona de conforto emocional.

Agora vem a pergunta chave.

O que acontece com esse cidadão quando, ao invés de falhar, ele alcança seus objetivos atingindo a plenitude social e emocional?

Usem a sua imaginação crianças. Eu ainda não sei a resposta, mas já tenho minhas suspeitas. Uma segunda postagem num futuro não muito distante vai revelar o meu ponto de vista.

Só uma dica: quando você finaliza aquele game foderoso que deu muito trabalho e tomou horas do seu tempo livre e te fez quase surtar de raiva você simplesmente desliga o console =D

Tenha um bom dia, uma boa noite e uma boa vida.

"Nobody needs nobody, after all."

quarta-feira, 17 de novembro de 2010

Thurisaz


Deixando um pouco, talvez, o ceticismo de lado e levando mais além a profundidade da mente, pra um outro caminho, a não ser os conflitos externos... Eu confesso que sou uma apaixonada pela leitura da cultura misticista. Não sou uma praticante e muito menos alguma religiosa. Mas desde pequena meu pai me dizia que o comportamento animal mudava de acordo com a lua e a movimentação dos astros. Eu nunca entendi até ele me dizer que logo que eu sai do hospital, eu chorava muito, ele me colocou em direção a lua, na chuva. E eu parei de chorar. Não pra sempre, mas né...enfim. Isso aí é pro Paulo Coelho. Mas o que eu quero dizer é que é interessantissimo o misticismo antigo, antigo meeesmo! Onde a única coisa em que o povo tinha era a sabedoria. Quando não se gananciava o material pela vida toda, e sim buscava a sabedoria interna. Indios antigos sabiam conversar com os espiritos da natureza, com o vento, e com uma lógica bem fora de série e ao mesmo tempo muito coerente, eles tinham as respostas que queriam.
Enfim... onde estou querendo chegar, é que a avaliação humana sobre a sabedoria é muito vaga e vazia. E ainda acreditam que o Deus mundial, pop, onipresente e o caralho a 4 faz alguma diferença sobre suas vidas. A mente humana foi vendida a troco de dinheiro, isso é a coisa mais óbvia que eu falo, e ao mesmo tempo a maioria desse amontoado de corpos não conseguem enxergar...
Enfim, onde estou querendo chegar², é dizer que ateísmo e ceticismo não tem nada a ver com você não poder "crer", não tem nada a ver com você ser uma pessoa vazia e sem uma sabedoria. Quando eu falo "crer", não tem nada a ver com Deus. Creio que não preciso explicar isso para os leitores deste Blog... Mas é isso, você pode ter tudo que for de material, ou nada. Isso não irá importar, pois a unica coisa que te torna alguem é a sabedoria que irás buscar ao longo do caminho, é a unica coisa que te acompanhará e te ajudará. Já que estamos sozinhos nesse mundo de relações vazias.

Aí vai o significado de um símbolo runico.
Ps: símbolos rúnicos de origem nórdica eram usados pelos povos antigos pagãos da antiga Escandinávia. Magia ou não, o aprendizado está dentro dela e cada um é responsavel por saber como se aprenderá.

Thurisaz

Com portal como símbolo, esta runa indica-nos que há trabalho para ser feito tanto dentro como fora de nós. Thurisaz representa a fronteira entre o céu e o mundano. Chegar aqui é um reconhecimento da sua aptidão de contactar os Nomes do Divino e iluminar a sua experiência de maneira que o seu significado se desvende através da sua forma.
Thurisaz é a runa da não acção. Desta maneira este portal não é para ser atravessado sem contemplação. Nesta situação você esta sendo confrontado com um claro reflexo daquilo que esta escondido dentro de si, aquilo que tem que ser exposto e analisado antes que seja tomada a acção correcta.Esta runa fortalece a sua capacidade de saber esperar. Não é altura para tomar decisões. Forças de transformação profundas estão activas neste antepenúltimo ciclo de runas.Visualize-se no topo duma montanha parado em frente do portal. Põe baixo de si e atrás está toda a sua vida. Antes de entrar no portal faça uma pausa e reveja o passado: a aprendizagem e as alegrias, as vitórias e os desgostos – tudo aquilo que o trouxe até este momento – observe tudo, abençoe tudo e liberte-se de tudo. Pois é no deixar ir do passado que você ganha o seu poder. Atravesse o portal agora.
Invertida: Há um aceleramento no seu desenvolvimento aqui indicado. Mesmo que em tempos se tenha que fazer um desenvolvimento rápido, tem razão em parar durante o caminho, para reconhecer o antigo, e para integrar o novo. Tire vantagem destas paragens.Se está a atravessar um período de dificuldades, lembre-se: que a natureza da sua passagem depende da qualidade de sua atitude, da clareza das suas intenções e da firmeza da sua força de vontade. Tenha a certeza que não esta a sofrer tendo pena de si próprio.Desenhando Thurisaz invertida exige contemplação da sua parte. Decisões impensadas nesta altura pode causar arrependimentos, se você agir por fraqueza. Pense, preveja bem os seus motivos, não cause problemas maiores dos que já tem. Impulsos têm que ser controlados e fazer as coisas de maneira correcta. Não tente ir além daquilo que ainda não começou. Sossegue. Unifique-se, recolha-se e espere. A não acção acaba por agir.

segunda-feira, 15 de novembro de 2010

A extrema real da parada...

Mesmo sendo com tua MENTE um pouco bamba.





Pode não fazer SENTIDO pra alguns
É exatamente por isso que é da mais REAL sinceridade...
Fora daquele meio que eu tanto "acreditava", ou somente "estava ali", eu achei essas pessoas de tão bom coração, e sem preconceito algum, eu continuo o meu caminho que eu mesmo moldo através das sombras ou das portas abertas, através das pessoas que passam e deixam seu rastro, através dos ideiais em constantes questionamentos, através da família, e claro...dos amigos, das pessoas mais simples e honestas que estão comigo...
O que seria da felicidade, se ela não fosse constantemente moldada? Pense sobre isso... Não é questão de mudança, e sim EVOLUÇÃO, cada um a sua maneira e principalmente a seu TEMPO.
Tempo, que passa não só por trás dos ponteiros, e sim por trás da alma, que te faz "você" com os vestigios e experiencias criados por ele mesmo.
Destino? Nah...ESCOLHAS. E novamente, sobre as coisas mais simples, que podem ser as principais. Os momentos mais simples, rápidos ou não, guardados na caixa preta que te lembrarão de como fostes feito.
E quanto a minha "REAL LIFE"... diria que está diante dos meus olhos, mentacirurgicamente grudada ao meu subconsciente.

.Brutty

sexta-feira, 12 de novembro de 2010

Sem ressentimentos

Karma

Parece que nos encontramos mais uma vez nessas voltas incessantes em menos de duas décadas. E acredito que continuaremos nos encontrando até o fim da minha vida. O ciclo de ação-reação-causa-efeito-acaso nos mantém ligados por esse elo invisível e improvável.

Venho por meio desta dizer-lhe que não me arrependo mais das atitudes que tomei ou que, eventualmente, deixei de tomar, mas quero garantir que não repitirei os mesmos erros para que não ter que te encarar tantas vezes ao longo de minha vida.

Também queria poder dizer que perdoo as ofensas que recebi, os tropeços que sofri e as inúmeras oportunidades perdidas nesse ciclo samsara sem fim. Assim como queria ser perdoado pelos meus incontáveis erros entre pouquíssimos acertos. Queria deixar essa vida sem ressentimento, nem com você, nem com ninguém.

Enfim, só tenho a dizer que tentarei aprender mais com os acertos do que com os erros e não causar dor aos outros e a mim mesmo. Porém não podemos esquecer: não viemos ao mundo pra servir ou subjugar, seja qual for o tipo de moral ou ética aplicado a nossa realidade.

Cabe somente a eu mesmo refazer cada passo mal dado enquanto posso sem esquecer qual a melhor definição de mediocridade: a capacidade de perdoar a todos, menos a si mesmo.

Lição que ainda tenho que aprender.

Do seu eterno aprendiz, FT.

terça-feira, 9 de novembro de 2010

"Não confie em pessoas equilibradas"

Auto explicativo.

Pessoas que se mostram emocionalmente sólidas, aqueles sujeitos que NUNCA perdem a calma, que nunca de desperam não são confiáveis. O tipo que sempre tenta acalmar os ânimos quando o tempo fecha, aquele que nunca aparenta e abalar com os piores acontecimentos, o que não perde a postura em momento algum, o dito rei do auto controle não pode ser digno de confiança ou muito menos de respeito.

Num mundo onde tudo é tão incerto e todas as possibilidades se apresentam das formas mais inesperadas não existe ninguém que seja seguro. Todos temos medo, todos temos raiva. Sentimos tristeza, angústia, alegria, euforia, ódio e vergonha. Quem não perde o controle (de forma subjetiva) nega o tempo todo as emoções que seu eu sente ao longo dos acontecimentos que cercam sua vida. É o tipo de sujeito que tende a negar sua propróia essência emocional.

Aquele que não sangra não é humano.

PELO MENOS é o que a maioria das pessoas aparenta pensar sobre tais sujeitos.

No meu ver, claro, discordo. E não vou corrigir os erros ortográficos.

*Esse texto não trata de nenhuma pessoa específica.

There's nothing i can do

Eu sou um puta de um mentiroso

Prometi que postaria mais frequentemente e praticamente abandonei esse blog.

Mas aqui estou mais uma vez falando pra ninguém coisas acerca da vida.

Enfim, vou voltar a postar lixos aqui pra sabe-se la quem lê essa merda além de mim mesmo.

O lance mais bacana do universo em que vivemos é que ele é caótico, tudo é inesperado, fruto de ação, reação e acaso. Quando você pensa que sabe de tudo, que conhece as coisas, que entende os processos, que descubriu a fórmula e como aplicá-la a realidade muda e se molda a uma nova forma de ser surpreendente. Quanto mais tentamos antecipar as coisas, mais fracassamos vergonhosamente. A vida tem uma capacidade ilimitada de surpreender, de inovar, de te pegar desprevinido.

Quem me conhece sabe quanto isso é estranho vindo de mim, mas o fato é esse: eu estou apaixonado.

Não entrarei em detalhes com vocês - seres inexistentes da minha cabeça que leem esse blog - mas posso dizer que ela (SIM, é ela, eu não sou gay U.U) foi capaz de fazer eu sentir coisas que faz muito tempo que eu não sentia. E também posso adiantar que ela mora relativamente longe de mim, o que é uma merda. Não consigo descrever com palavras como me sinto animado, encantado, bobo, "inerte" e aliviado com isso. Aliviado porque achava que eu tinha me trancado num ciclo de fazer as mesmas coisas, sentir as mesmas coisas, pensar as mesmas coisas e agora to sentindo uma expectativa quanto a tudo isso.

E vou encerrar antes que fique mais gay que isso.

AH, e sim, ela tem sérios problemas, assim como eu.

Ainda hoje volto a postar mais sobre coisas que eu não sei e perco meu tempo insistindo em falar sem conhecer a fundo.

E se eu não voltar FODACE também. E fodace se tá escrito errado, ninguém ta me pagando pra isso.

=D

"Just... Softer"

quinta-feira, 30 de setembro de 2010

Vai aqui uma participação especial com os pensamentos de um grande amigo e sábio, Diogo.

Subversão é a questão? Ainda não !
Mas sobre o q escrever, sei não
Sobre o tempo mas ele não é ladrão ....
È sim as vezes ele rouba minha inspiração
Picharei isto no muro ...
Pra quem sabe ser um poeta um tanto subversivo
E que para isso não busca nenhuma razão...
Mas o que essa faceta cobra então ...
Você já sabe ! Ação !
Eu converso, te confesso
Mas,você só me escuta quando queres reagir à uma situação
Alguns vêem em mim a liberdade outros uma prisão
Mas eu sei que toda norma que se transforma passa pela minha mão
Você acredita nisso ou não?
Se sim se reconstrua e me encare como uma missão
Se não dissimule, e vire as costas e jamais se atreva a falar em evolução
Evolução?

Sim! Lhe parece um problema ?
Não na verdade um dilema ...
Penso que da vida nunca tirarei uma conclusão ...
Pois se levanto essa bandeira ,jamais poderei me acomodar
Mas sim para sempre me incomodar
Sim é isso é o preço que quero saber se podes pagar ....

segunda-feira, 20 de setembro de 2010

Em casa, enfim

Um dia a gente sempre volta.

E é o que acontece, simples assim.

Da mesma forma que um assassino sempre volta a cena do crime eu voltei a ter idéias e coisas pra escrever sobre.

Eu mudei de Ribeirão pra São Paulo. Parte busca, parte fuga, essa mudança em pouco tempo já me fez começar a pensar e agir de forma diferente. Existe um ponto na vida de um homem (que ás vezes ainda nem é homem de fato) que ele tem que dar o passo em direção ao incerto. Existe um ponto na vida da gente que resolvemos não ser mais a mesma coisa, simplesmente resolvemos inovar, mudar, reciclar a forma de ser/agir/pensar. Para isso, nada melhor que uma mudança geográfica mesmo.

Ou talvez eu só esteja falando demais (de novo).

Enfim, pra mim é um novo começo com cara de antigo. Depois de muito tempo me sinto em casa de novo, mas sinto falta dos amigos e familiares que deixei no interior. Em breve, talvez não tenha tempo suficiente pra atualizar sempre, mas por agora tentarei manter um tempo curto entre um post e outro (se é que alguém está preocupado com isso '-'). Pelo menos terei algo pra ler e rir daqui alguns anos.

E nesse momento eu me sinto estranhamente um tanto quanto "familiar".

Fato é que em 3 semanas aqui tive experiências mais interessantes, marcantes, engraçadas e (por quê não?) sinistras. Prometo tentar me adaptar e amadurecer, mesmo que aqueles que me conhecem não acreditem nisso (com razão).

A notícia boa mesmo é que em breve eu posso ser meu próprio patrão =D

sábado, 28 de agosto de 2010

Alienação obrigatória.

Sinonimo de burrice. Literalmente falando, e sem meias palavras. Falando em oportunidades na vida... acho que vou tirar da minha cabeça em fazer faculdade de geofísica e prestar um concurso pra Igreja Universal. Não tem calculo, trabalha como psicólogo, ganha bem, e ainda serei aceita na sociedade, o unico problema é que terei que amputar o meu braço, o que acham?...E sim, isso é real: http://www.guiame.com.br/v4/53963-1692-Igreja-Universal-abrir-concurso-para-pastor-sal-rio-inicial-de-R-8-mil.html
Toda vez que eu olho para fora, em lugares públicos, aquela multidão toda com aqueles olhos de 'indignação' (preconceito), são os verdadeiros 'evil eyes'. Como se por todos os momentos você olhasse pra essa maioria e com um espanto pensasse 'Mas isso parece um filme', essa massa acéfala indo para a mesma direção, tendo como meta apenas o dinheiro e a certeza de que estão no caminho normal, isso realmente me dá nojo. Agir de acordo com que dizem para você agir; Pensar de acordo com o que dizem que é certo; Sem nenhum questionamento... Isso é do meio animal. Realmente a humanidade não tem diferença nenhuma do meio animal. Existe aquela minoria, que não segue o cardume e se diferencia do meio animal apenas pelo fato de se aproximarem da nossa remota fase primitiva. Pensem comigo... uma espécie nova geralmente age em um grupo pequeno, e até mesmo sozinhos. Uma espécie antiga e organizada, não arriscam sair do grupo grande, pelo medo do fracasso. Aí você se pergunta 'mas por que ficar na espécie pequena se você pode ficar sozinho e excluido do grupo maior? Qual é a razão disso?'. Aí, meu amigo, eu te pergunto 'Qual é a diferença do humano para o animal?'. Os humanos se acham tão superiores e extremamente especiais e diferenciados por possuirem um cérebro. Mas na verdade esse cérebro é apenas uma parte do conjunto da grande máquina dogmática. No fim, você morre, sua geração morre e nem seus bisnetos saberão direito quem você é. E ainda me afirmam que o ser humano é diferente do animal! ONDE?!

segunda-feira, 23 de agosto de 2010

Democracia Obrigatória 2

Não consigo descrever com palavras o tamanho da minha aversão às eleições no Brasil. Odeio toda a corja de crápulas que enriquecem às custas dos nossos impostos, que mais enrolam do que trabalham e que inventam meia dúzia de meias verdades de 4 em 4 anos pra convencer o eleitor de que ele realmente fez alguma coisa. Mas existe uma coisa que me enfurece mais do que esse tipinho: o próprio eleitor.

Não é segredo que 9 em 10 sujeitos envolvidos com a política no país não valem um real, todo mundo sabe disso certo? Então, como a lógica explica que tanta gente ainda vote na mesma politicalha em toda eleição?

Eu não consigo entender como o brasileiro tem esse comodismo de ver o páis afundado na merda e embriagado com a falsa idéia de crescimento e continuar votando nos meus nomes, nas mesmas caras, nas mesmas siglas e nos mesmos partidos.

O governo vende essa imagem de que somos uma grande economia crescendo e ganhando espaço lá fora, mas queria eu que o brasileiro soubesse da imagem que tem no exterior. A economia cresceu muito sim, mas qual economia emergente não cresce? Essa é ordem natural das coisas, o crescimento e a expansão. E tem gente que acha que isso é grande coisa... E a que ponto esse suposto crescimento, esse desenvolvimento atinge a grande massa da população? Por quê se o desenvolvimento é tão acelerado o nosso país ainda sofre com uma diferença social gritante, ainda tem uma taxa de analfabetismo escandalosa e a educação pública é medíocre?

Já precisou do SUS alguma vez na sua vida? Espero que não.

Por quê os médicos, professores e outros funcionários vitais dentro da sociedade brasileira na rede pública são mal pagos enquanto os crápulas tem salários de incontáveis dígitos, ilhas, castelos, mansões, carros de luxo e entre outros artigos que nenhum de nós jamais terá?

Por quê vivemos no constante estado de calamidade, medo e tensão com a violência na maioria das capitais brasileiras? Será que só eu acho absurdo termo uma cartilha sobre como se comportar durante um assalto? É comum ver secretários de segurança todo dia na TV dizendo como encarar a violência no dia-a-dia? Pelo menos eu acredito que um país que se afirma tanto assim deveria ter uma condição melhor de vida para os seus cidadãos.

Eu não vejo nenhuma das grandes potências econômicas do mundo querendo se mostrar para o exterior esquecendo das necessidades do próprio povo. Essa é uma característica exclusivamente brasileira.

Qual o objetivo de trazer uma Copa do Mundo e uma Olimpíada na mesma década? Vão dizer que é para gerar empregos, alavancar a economia e etc. Mas a verdade todo mundo sabe: esse é o Brasil querendo mostrar que é forte, que é grande (e aproveitar pra lavar um dinheiro com as obras públicas e desviar verbas aqui e ali). Alguém já se perguntou como anda a África do Sul depois da Copa? O desenvolvimento e o dinheiro trazidos pelo evento chegaram a população?

A maioria só viu a Copa na TV acontecendo numa África do Sul muito distante.

Não precisa ser nenhum gênio pra ver que a nossa sociedade esta entrando em colapso e o povo está anestesiado demais com isso. Não é necessário ter diploma, não é necessário ter ido a escola (como alguns dos que enganam também não foram). O brasileiro é esperto e sabe quando alguém está tentando lhe passar a perna, mas parece que dessa vez a grande massa não percebe como são controlados.

E a esquerda que deveria proteger essa massa quando chega ao poder forma alianças com seus antigos inimigos. Os que antes vivam a trocar ofensas em rede nacional agora trocam apertos de mão, abraços e combinam votos e declarações. Agora uns protegem os outros, impedem que o ex-adversário caia em desgraça. Durante as eleições, volta o teatro e eles fingem que estão um contra o outro.

Tem gente que ainda acredita na boa vontade dos homens e mulheres de duas faces da política desse circo chamado Brasil.

Isso é inaceitável.

"A need for a revolution's rising, it comes to the surface, gasping for air..."

quinta-feira, 19 de agosto de 2010

A liberdade é responsabilidade, paga-se mais do que vale.

Eis que chegou a hora de esquecer os anos passados, e permanecer no caminho que o capital lhe impõe. O mundo natural tem um preço alto, e é um caminho árduo e exige criatividade e um social amplo... Olha quem tá falando disso! Johnny, logo ele, grande loser que sempre achou que sua vida se resumiria em fazer o que seu ego teimoso dizia pra ele fazer, mas seu tempo de sonhos se foi, e com um empurrão forte para dentro da sociedade, ele teve que ir, ou pelo menos tentar entrar... Agora é só aprender e rezar sobre essas indicações amistosas. Tentar equilibrar o que ainda 'tem', com a necessidade desesperada do que 'terá'. O que mais vale é o senso cinza, o que ele pensa que 'é', pois o que ele 'é' (a vida real externa) permanecerá como a segunda opção, como se fosse a segunda vida. Mente vs Corpo. Mas é tão dificil manter-se para si mesmo e ao mesmo tempo manter-se na exaustiva e incessante corrida humana. É uma competição constante do que você quer fazer e o que você deve fazer, que muitas vezes o que exige mais de você é a segunda opção, fazendo com que você esqueça do que queria, do ponto inicial, da razão disso tudo. A concentração e a calma deve ser mantida, se perder no emaranhado de que passaste a vida inteira criticando, não seria nada lega, né Johnny? Agora eis o tempo que você tanto não esperava pra chegar... o tempo de andar em uma linha tênue entre a ilusão e a desilusão, a mudança dessa linha tão frágil acontece em uma questão de segundos. Apenas foque...

sexta-feira, 16 de julho de 2010

Ein Süßwarenabteilung im Supermarkt

Fu.ti.li.da.de

O que é fútil, sem importância aparente.

Nada me enfurece mais do que pensar numa coisa: adolescência. Eis uma coisa completamente tensa de lidar. O foda é que a adolescência é uma fase da sua vida que tudo parece se tornar complicado, mas na verdade não é bem assim. O grande lance desse período da nossa vida está relacionado com a insegurança. Todos querem ser alguém, todos querem mostrar seu valor. Então todo adolescente é um palhaço carente com uma grande necessidade de chamar atenção. O adolescente é sempre muito preocupado com o que as pessoas pensam a respeito dele mesmo que negue isso o tempo todo. Quanto mais ele se afirma, mais fraco ele é por dentro. E conforme o tempo passa e vem o amadurecimento ele percebe quão estúpido foi e é impossível não imaginar no impossível - "Se fosse hoje em dia...".

Também é nessa fase que todos buscam criar uma personalidade, um estilo próprio de ser e acabam sempre se dividindo. Aqueles que gostam da coisa x não se misturam com quem gosta da coisa y e etc. Então eles se julgam aos que a eles são comuns com a falsa idéia de que a união faz a força. Nessa fase muitos se excluem, outros se destacam, mas ninguém está aonde queria estar. Todo mundo quer ser outra pessoa.

Vale lembrar que é também uma fase de auto descobrimento, principalmente sexual. Nesse período descobrimos nossas opções, como são os relacionamentos e quão frágil é o nosso equilíbrio emocional. Na maioria dos casos, um grão de poeira pode se transformar numa tempestade de areia. Nunca estamos prontos para o que pode acontecer, temos nossos pais como nossos maiores inimigos sem saber que o pior de todos somos nós mesmos.

Ah o colegial! Ah o colegial! Uma fase memorável, em que nos momentos de nostalgia influenciados pelo alcool e pelas músicas de época te arranca muitas gargalhadas com alguma história. Mas a grande verdade é que essa é uma fase da vida que você quer esquecer. Não é como nos filmes e nas séries, longe disso. Não existe nada de legal e descolado quando se tem 15, 16 anos. O mundo é uma merda e ta sempre tentando te pegar daqui e ali.

Essa fase é uma arapuca onde, cedo ou tarde, você acaba cometendo erros que marcam sua vida inteira. Mas é isso que adolescência é: um período de transição em que voce ainda é criança, mas tenta se comportar com maturidade, um circo de horrores onde nascem os maiores traumas e refletem-se os seus maiores temores. Um período em que coisas acontecem. Coisas acima do seu nível de maturidade, muito acima. Coisas que fazem você se sentir culpado, mesmo sabendo que não havia nada que pudesse ser feito. A maior mostra de como o destino pode ser cruel e implacável, te demonstrar como você pode ser arrogante ou medíocre, perverso ou desajustado. Se formam então as personalidades (ou a falta dela) baseadas e refletidas em coisas fúteis e quase sem sentido. Uma capa de revista, uma faixa de um disco, um álbum de fotos, uma manhã de porre, uma discussão banal, um livro, um filme, uma derrota ou conquista. Então parece que não é tão impossível o bater de asas de uma borboleta provocar um Tufão do outro lado do mundo, ou melhor, do outro lado da vida.

A adolescência é como gastar um salário inteiro numa prateleira de doces de um supermercado, um divisor de águas entre o ser e o devir. A parte mais triste é que desperdiçamos esses anos seguindo as tendências da moda, os novos hits das rádios, os records de bilheteria, os best sellers apelativos e as consecutivas tentativas de adaptação.

A única forma de escapar? Envelhecer rápido.

Mais complicado que isso é ser um adolescente envelhecido e ver como as pessoas são idiotas sem conseguir alertá-las. Como a vida é carrasca hahaha...

See ya


"this loneliness is killing me
it's filling me with anger and resentment
i'm turning into someone that i never thought i'd have to be again"

quarta-feira, 14 de julho de 2010

Semelhanças

Di.fe.ren.te:

Diz-se de tudo que não é igual


A coisa mais normal do mundo é ouvir alguém dizer que é diferente dos outros. Isso é tão comum, tão ordinário que se torna IGUAL dizer que é DIFERENTE. Se você continua acreditando que você é completamente diferente de todo mundo que te cerca, de uma forma positiva, se destacando entre os outros, sendo especial e até, porque não, melhor que os outros, já é hora de se fazer uma pergunta: o que te faz assim tão DIFERENTE quanto você pensa ser?

Na maioria dos casos, a resposta para essa pergunta é completamente redundante, contraditória ou simplesmente não faz sentido ou justifica o emprego. É muito difícil pra algumas pessoas aceitarem o fato de que cada um de nós é somente um em seis bilhões, tal como os outros 5.999.999.999. A falta de argumentos sempre leva a uma resposta chave a essa pergunta:

"Tudo mundo é diferente, sem exceções, cada qual é um ser único e insubstituível".

É claro que cada um é um na sua forma de ser, e que ninguém é melhor que ninguém. Porém isso se torna algo comum a todos os seres humanos: serem diferentes uns dos outros.

É uma faca de dois gumes, todos somos iguais por sermos diferentes.

Se ainda não entendeu como isso funciona, imagine a seguinte situação.

Johnny ganha 150 milhões na loteria. Porra, Johnny agora deixa de ser um zé mané qualquer e desconhecido e passa a ser um zé mané podre de rico que vai ter mais dinheiro de uma vez do que muitas pessoas na vida toda.
Agora imagine se o MUNDO TODO ganhe 150 milhões. Todo mundo, sem exceções. Ficaríamos todos ricos? Ou o dinheiro perderia seu valor?

Todos somos especiais, sim claro, mas isso é uma forma de dizer que NINGUÉM é assim tão destacado. Se você percebeu que é só uma formiga numa colônia gigantesca, tal qual desabasse hoje matando todos os seus habitantes, nem faria se notar na imensidão do universo.

Então não existe ninguém diferente?

RAROS são os casos dos seres que não se assemelham aos outros. É como achar água em Marte. Eu simplesmente sou obsecado por pessoas COMPLETAMENTE DIFERENTES das outras. Ok, você deve pensar que eu estou me contradizendo, primeiro disse que ninguém é diferente, depois disse que gosto de pessoas diferentes.

Mas essa contradição se fez por dois motivos:
Primeiro: eu precisava te colocar no seu lugar e mostrar quão comum e ordinário cada um de nós é. A existência de cada um, em larga escala, chega a ser quase insignificante. Se conscientizar disso é vital pra chegar aonde eu quero.
Segundo: existe a diferença ordinária, que todos temos entre sí, e que nos fazem ainda mais semelhantes uns aos outros e existe a real, que distancia aqueles que a possuem dos que são a eles diferentes.

Todos os tigres tem listras diferentes, e isso é completamente ordinário na espécie. Porém existem alguns (poucos) tigres azuis. Essa é uma diferença e tanto. eles são uma minoria absoluta que realmente se destacam.

Todas as pessoas pensam que são únicas e completamente diferentes das outras, como um livro inédito que jamais um autor pos-se a escrever. Porém muitos poucos realmente são diferenciados. Exteriormente, eles parecem tão ordinários quanto o resto, mas numa análise mais profunda, esses sujeitos se diferenciam em todas as formas. Mas em uma em especial, na percepção da realidade como a conhecemos.

Se você se perguntou se eu acho que sou diferente dos outros, a resposta é não, de forma alguma. Sou tão ordinário quanto qualquer pessoa. E você? Quando vai assumir isso?

"Suffered a fate much worse than what your mirror shows.
The delusional gaze on the satisfied face of the saddest man I know."

Meu Brasil locão!

Primeiramente, meus pesames FITO, num deu pra tomar aquela cerva de segunda contigo irmão... mas dia 23 é naiz!
Então, viagem pra mim é uma coisa muito desafiadora, estou longe de casa, fisicamente longe dos amigos e do meu cotidiano.
Viajar é mais que sair de casa pra pegar uma praia, ou pensar em voltar logo. É uma constante metamorfose de pensamentos sobre tudo, você conhece gente nova, vê novos lugares, novos costumes, diferentes jeitos de falar, diferentes tipos de conceito no geral. Cada lugar tem sua particularidade, e observar tudo isso me leva a crer que a sua casa fixa deixa tua mente mais fechada sobre tudo. A psicologia pode generalizar diversos tipos de grupos e classes sociais, dentro dos seus MEIOS. Mas a partir do momento em que esse grupo se divide e sai do seu meio, ele passa a ser incluso no mundo, e não mais num grupo. A diferença faz um bem cultural que deveria ser colocado na mente/maquina do ser humano, não digo pra aceitar a diferença, e sim pensar mais sobre ela. A diversidade cultural, desde conversar com um pescador do mar, até conversar com um bêbado na frente do tietê. É totalmente ignorante e mesquinho da parte dos humanos achar que a sabedoria vem dos livros, os livros foram feitos pelos sábios que começaram com uma idéia diferente, você apenas a segue, isso te faz ter memória, palavras copiadas, idéias e atitudes copiadas, isso não é sabedoria, é um manual pré-escrito. Sabedoria não é simplismente você pensar numa pedra diferente, é você desenvolvê-la com o passar da tua visão por diferentes aspectos, lugares, pessoas. Juntar todas as observações de todos os lugares te torna cada vez mais sábio, como se fosse uma caixa preta, juntando tudo, desde as coisas 'ruins' ao benevolente.
Bom, é isso, vou continuar minha viagem com a mochila nas costas, trocando idéia com os manolo que nunca vi na vida.
Beijo pra quem fica, meu Brasil locão!

Post Dois

Oi tudo bem?

Não, não ta tudo bem.

Fui la na porra do TG aqui de Ribeirão Preto graças a porra do Alistamento Obrigatório, perdi a minha manhã inteira, e qual minha compensação por isso? Tenho que voltar lá em Janeiro ¬¬

É foda ver como a sociedade nos cerca com cada um dos seus recursos sempre conseguindo nos foder nas entrelinhas. E que se foda.

Tenho 5 meses pra quebrar uma perna, entrar numa facul pública ou virar Testemunha de Jeová.

A parte boa é que eu posso ir pra São Paulo agora =D

Falando nisso...

PRUTTY FILADAPUTA! Nem me ligou pra encher a cara lá em Sampa. Pode crer que eu me vingarei [risada malígna].

Enfim, que se foda a JSM, vou é jogar um XBOX aqui, ficar de bobeira e esperar pra ir pra SP com uma alta espectativa de rolês e de arrumar um trampo.

É isso ai.

domingo, 4 de julho de 2010

Democracia Obrigatória 1

Li.ber.da.de: Livre arbítrio ou o poder de decidir sem motivos, como manifestação absoluta da vontade.

Essa é a definição filosófica mais puritana da expressão. No plano social, basicamente, falando de forma simplória e direta, liberdade é poder agir conforme a própria vontade e/ou necessidade dentro dos conformes da lei dentro do Estado que se vive. Besteira.

A definição mais correta para os padrões da sociedade hoje que deveria constar nos dicionários seria algo do tipo, "A ilusão de que se faz algo por livre escolha quando na verdade se atua dentro dos conformes de leis primariamente invisíveis capazes de reger todo e cada indivíduo em prol de uma elite exploradora e um Estado farsante."

Pense um pouco na merda da sua vida: você nasce, cresce, estuda, estuda mais, mais um pouco pra ter um bom emprego pra poder trabalhar, trabalhar mais, trabalhar muito, trabalhar absurdos pra ganhar dinheiro e consumir. Consumir por necessidade, consumir por vontade, consumir sem motivo, consumir porque é barato, consumir porque é legal, consumir porque é ilegal, consumir porque é bem visto, consumir porque é fácil de pagar, consumir por consumir.

Estamos presos numa grade social. Nascemos para consumir, como monstros que precisam gastar incessantemente com coisas que não se precisa. Sua vida é isso, você nasce, consome e morre. Tudo isso pra movimentar as engrenagens do capitalismo, fazer crescer a economia e acelerar o progresso. Você ainda tem certeza de que é livre? Nos tornamos dependentes de tudo aquilo que criamos, acabamos consumidos por aquilo que consumimos.

A maioria dos animais não precisa de nada mais do que oxigênio, água e comida. Simples. Eles respiram, bebem, comem, dormem, se reproduzem e tudo fica bem.

Imagine a humanidade, no ápice do progresso, no topo da cadeia alimentar, no ponto mais alto do processo evolutivo. Imagine o único ser racional que habita o planeta Terra, que é capaz de transformar o meio de uma forma incrível. Imagine todos nós sem uma coisa tão básica e primordial por um dia: eletricidade.

Seria o caos, a regressão de tudo aquilo que consideramos civilizado seria imediata. Países inteiros mergulhariam na escuridão. Aquilo que o homem tirou do meio, como forma de facilitar sua vida passou a ser seu oxigênio, sua água e seu alimento. Você não pode viver sem dinheiro, você não pode viver sem um plano de saúde, você não pode viver sem algum tipo formação.

Somos escravos da própria vontade de crescer, liberdade filosófica é uma utopia, você está acorrentado a um sistema econômico desde que nasceu, não tem mais volta, não há nada que você possa fazer. Você não é livre e nunca será, mas estará ocupado demais folheando catálogos e vendo vitrines pra perceber.

segunda-feira, 28 de junho de 2010

Don't pray on me.

Tudo começou quando Johnny viu que seu comum dia-a-dia tinha saido da base tranquila, de primeira, ele ficou muito assustado, achando que aquilo poderia ser algum tipo de "macumba", ou tentou achar que só faria parte do seu 'destino'. Mas meu filho, isso não existe... você apenas sente medo quando está entre as ruinas desabando, todas em cima de você, só assim você consegue enxergar o quão medíocre estava sendo em fazer de um pensamento errado um desastre, aí você enxerga em quão difícil são as horas em que você para de pensar e sente na pele o material indo contra você, como se você fosse um imã que não quisesse atrair. Não tem nada de destino, nem macumba, nem bruxaria, nem espíritos 'dumal' indo atrás de você, é apenas a sua modalidade amadora em cada tempo difícil que passa pelo seu ciclo benevolente e calmo, é só a sua pele suando aflição enquanto você queima por um tempo. Não adianta procurar por algo inexistente durante os bombardeios, não há guia e nem potion. Mas há tanta coisa pior aí fora, que você fica numa linha tênue entre o amor próprio e a sua própria realidade, ou entregar o jogo e comparar ao conflito social, o campo negro do vizinho a seu medíocre mundo novo. Métodos criogênicos sao intratáveis, é simplismente a caixa de itens que você recolheu durante o caminho que chegou até aqui. E no final a única conclusão que chegamos é que ''Nós traçamos a beira mortal, sem defesa, para provar o óbvio: esse mundo é perigoso demais para nós."
Bom dia.

segunda-feira, 21 de junho de 2010

"Tudo tem seu preço..."


Disse o pai de Johnny... quanto mais você vai contra a sociedade, mais você terá que pagar, e o preço por seu conceito único é muito caro. Bombas, sangue e ódio, é o que você sentirá em sua pele quando eles te olharem e falarem que você é um blefe. Seu rótulo de lunático e infantil será pregado em sua testa, mas sua testa é só o exterior que fica próximo a seu cérebro isolado. Um isolamento eterno com um estereótipo só seu que tem relação com outros estereótipos só deles em uma eterna busca por algo que nunca foi dito. Derrotado e cansado, como sempre, a cada esbarrão que lhe dão quando você vai contra a natureza você perde uma parte da sua esperança, entretanto a cada perda, a consequencia fica marcado em você como uma lição de aprendizado. Não é para usar esse tal de 'aprendizado' como um conceito para nunca fazê-lo (como se Johnny tivesse feito algo na vida), é só pela afirmação da observação que você já sabia: de quão deprimente são as pessoas.

sexta-feira, 18 de junho de 2010

Post Um

Pois é...

Hoje eu fui me apresentar na JSM (Junta do Serviço Militar) devido ao alistamento militar obrigatório. Como a sociedade é uma coisa engraçada, chamam de democracia, dizem que você tem liberdade, que pode dizer, pensar e agir como achar mais próprio, mas essa idéia acaba mascarando o fato que o Estado de controla e te reprime de todas as formas. Você é livre, mas vive sob leis que, muitas vezes, você não aprova. É obrigado a votar e a se alistar e ainda tem os impostos absurdos os quais ninguém consegue se livrar. Qual o retorno do Estado? Mínimo.
Onde eu estava mesmo? Ah é, o alistamento. Eu tive que acordar cedo pra me apresentar na JSM e adivinha só?

Não fui dispensado ¬¬

Tenho que me apresentar novamente no mês que vem.

Eu TINHA pretensões de me mandar pra São Paulo e tentar a vida lá com a Dona Marcinha, mas agora complicou de vez.


Outra coisa que não faz sentido na nossa sociedade hoje é o voto obrigatório. WTF? Eles te OBRIGAM a exercer seu direito, então o direito passa a ser dever, obrigação. E a população vive na ilusão de que ta escolhendo os palhaços do circo.

Depois eu junto com a vaca da Brutty e faço um post falando sobre essas complexidades da obrigatoriedade dentro do estado, essas coisas chatas e afins.

Agora vou assistir o segundo tempo de Alemannha x Sérvia, vai dar zebra de novo. Talvez eu ainda escreva um romance sobre um esquisofrênico vivendo num supermercado. No clímax eu mato ele e estrago a leitura, minha vingança contra os escritores de merda. Se não posso vencê-los, me juntarei a eles

Até outro post

Ou não.

But nothing suprises me these days. I just sit and watch the box-cars
roll by and wait

terça-feira, 15 de junho de 2010

folie à deux = Johnny

O que leva indivíduos a criarem um blog pra postar coisas sem nexo funcional?Eu, juntamente com o tipo percepção do FITO, constituimos o grupo irracional de tipos funcionais, ou seja = contestação em dupla.
A partir de agora, vamos criar um sujeito fictício que vamos usar outras vezes em outras postagens pra criar suposições. Vamos chamá-lo de Johnny. Um dia o Johnny acorda e diz : "Hey, tive uma idéia, vou criar um BLOG e escrever sobre a minha vida e as coisas que eu gosto pra outras pessoas lerem e acharem que eu sou super legal e descolado". Qual o intuito disso?
Johnny, pobre vítima da paranóia conjunta de dois seres contaminados pela visão simultanea de revolta. Pobre Johnny, que levaremos a acreditar em nossos delírios, como também contaminá-lo a ponto de ele, sob certas condições, continuar elaborando a atividade delirante.
Johnny Terá a mania da contestação das formas padronizadas da sociedade, ao mesmo tempo que está incluso a ela fortemente.
A mãe de Johnny diz que desde quando era criança, tinha medo de responsabilidade, e compulsão para examinar repetidamente se um fósforo jogado fora não continua queimando, se as portas dos armários estão fechadas, se as cartas estão seladas ou se não foi cometido um erro ao fazer uma conta.
Provavelmente, Johnny gastaria horas a fio elaborando seus textos sobre seus temas favoritos, formatando e corrigindo erros de ortografia ou trabalhando o layout pra deixar o blog mais agrafável. Contribuindo constantemente com posts que se tornariam matérias, que se tornariam reportagens, que se tornariam dossies completos evidenciando sua compulsão por assimilar e repassar todo tipo de informação, útil ou não, mesmo não ganhando nada por isso e, muitas vezes, sem ninguém pra reconhecer o seu trabalho.
Apenas uma criação anti-social que mascara um transtorno pseudo-esquizofrenico diante de uma situação de idéias subjacentes. Mas Talvez Johnny entre na onda das outras pessoas, o que seria um comportamento bem previsível quando se vive em sociedade. A constante da adaptação, a mudança do comportamento para se encaixar nos padrões de tudo aquilo que é considerado normal.
Deixando um pouco de falar complicado e entrando num plano mais prático da questão, chegamos ao ponto - Por quê uma pessoa, no ápice da sua imbecilidade, com a boca cheia de dentes e já com seus pelinhos crescidos aqui e ali tem a capacidade de achar "legal" fazer algo só porque outras pessoas o fazem? Como alguém pode ser tão estúpido? Talvez ser idiota seja uma arte e muitos seres humanos nasces com um dom de invejar qualquer Picasso.
Pelo nome? Pela bajulação? Pela atenção toda voltada a ele? Pelas aparencias? Pelo dinheiro?
Existe um emaranhado complexo de interesse por trás das atitudes convencionais. É por isso que a sociedade tem um fluxo circulatório de comportamentos, consequencias e retorno.
Supondo que Johnny cedesse e viesse a seguir o que seus amiguinhos e pessoas que ele admira. Então ele pega a porra da sua câmera digital, arruma a merda do cabelo dele e faz um VLOG. Em teoria, um espaço pra ele falar sobre o que quiser expondo seus mais profundos pontos de vista sobre a realidade pra depois compartilhar com outras pessoas através da rede mundial de computadores. Na prática, uma oportunidade de se promover e aparecer na internet e, quem sabe, dar sorte e ficar famoso. Ao invés de passar a madrugada editando seus posts a fazer eles ficarem mais interessantes, nessa suposição, Johnny ocupa esse tempo gravando à exaustão e editando o vídeo até que tudo fique perfeito pra ele upar o material no Youtube. Ele verifica tudo, assiste várias vezes, um traço da sua personalidade perfeccionista. Tudo isso por quê? Muito simples: o ser humano sente essa necessidade fundamental de expor tudo aquilo que pensa. Cada pessoa usa uma válvula de escape pra colocar pra fora tudo aquilo que habita o interior de seu emocional e de seu senso crítico. Sua opinião, sua forma de ser, formada por fatores misteriosos do próprio indivíduo e com sua experiência sensorial própria. Tudo isso que você leu (se teve paciência de ler até aqui) foi escrito com o intuito de dizer algumas coisas básicas, que poderiam ter sido ditas de forma bem mais clara e simples a todos os Johnnys que vierem a ler o texto.
Pois bem, resumidamente vamos esclarecer os objetivos do post de estreia do nosso blog.
1. As pessoas fazem o que fazem como o forma de expressão, de deixar sua marca em cada atitude.
2. Uma boa parte das pessoas (provavelmente a maioria) é formada por idiotas.
3. Pessoas idiotas tendem a agir de forma a replicar outras pessoas.
4. Algumas das pessoas, até as que não são idiotas, não perdem nenhuma oportunidade de promover seu próprio ego.
5. Nós não integramos a parte dos não idiotas.

PS: Seja idiota, mas seja porque você quer ser, e não porque isso em algum momento se tornou descolado.

Boa noite e boa sorte.