quinta-feira, 12 de julho de 2012

Across the Universe

Creio que o Universo é como uma célula viva de energia cósmica, e digo mais, não há só um Universo como vários, assim como os filamentos tridimensionais espalhados por todo canto, quisá quantas outras 30 dimensões existem e é cheio de particulas densas que nascem e explodem para formar a química quantica e temperar o espaço. Dentro da Célula existem vários corpos celestes deixando seus rastros e brilho, e fazendo suas funções para a evolução. Há incontáveis e infinitas constelações e movimentação na densidade escura a nossa volta, a prova está nos nossos limpos céus que restam. Nós somos menor do que um grão minúsculo, tão pequeno quanto uma bactéria para o que existe na totalidade, não estamos nenhum pouco sozinhos, porém saiba que a nossa consciencia se eleva tão alto quanto a expansão cósmica, e no caminho da auto-expansão há de se conhecer os cantos, planetas, luas, sóis, estrelas,  galáxias inteiras, ondas, luz e radiações com forças incognoscivel e buracos negros que nos levam ao outro patamar do desconhecido. A existência nos chama para conhecer o lugar onde vivemos e nos beneficiar em harmonia como tudo o que há depois da atmosfera civilizada terrestre, e ainda pensamos em comprar sapatos de cores diferentes para sermos mais bonitos e normalmente cotidianos do que os outros 7 bilhões de minusculos grãos de poeira que vivem conosco, e tambem agimos na maior parte do nosso tempo para economizar pedaços de papel que nos mantem circulando com redundancia.
Há algo muito errado com a maioria dos habitantes do nosso Planeta.
Eu poderia ousar que Darth Vader está por trás disso, mas hesito em respeito ao que adquiriu sabedoria através de ambas as forças, e se estivesse, certamente estaríamos sendo melhor controlados. Há só alguns idiotas por trás do nosso ciclo de crenças, devemos romper as limitações impostas.
Elevem-se, kids.

sábado, 7 de julho de 2012

E o broto há de surgir da lama.

Acontecimentos repentinos sempre são surpresas para nossas expectativas, fazendo-nos agir sem nenhum ensinamento ou previsão, e sejam eles bons ou ruins, sempre mudam as nossas perspectivas e nos colocam de frente a vários medos forçando-nos a escolhermos qual enfrentar para não pararmos de ultrapassar os chefes da nossa consciencia.
E para os que acham que não tem um caminho a seguir são porque suas perspectivas não se expandiram para enxergar as influencias que tocaram nossos corações por toda a história percorrida.
A morbidez é tão importante quanto o que chamamos de felicidade, pois somente passando pelos escuros pantanos e nos assustando com o sinistro e desconhecido grito de um corvo é que nos deparamos com a nossa real faceta que nada tem além de perceber como realmente somos sem espelhos ou expectadores. E devo-lhes lembrar, senhores, que a felicidade nada tem a ver com um sorriso no rosto, e sim o silencio interior que ecoa nos dando um certo brilho nos olhos e fazendo nossa compreensão ser ativada para tudo o que está e surge ao nosso redor.
Após adquirida as passagens para ambos os lados e pelas mais superficiais profundezas, você terá assinado seus pés com as poeiras, das mais sujas até as mais limpas, e a conclusão dessa assinatura existencial é a aceitação plena da solitude, que é a unica certeza que temos.
E o que buscar além disso será estampado em sua coleção do novo, como aprender a manipular naturalmente a natureza, ou apenas escrever de acordo com o seu alfabeto e por mais estreito que seja o caminho, a vastidão irá encaminhar suas intensas intenções ao vazio para que a máquina da alta consciencia humana nunca pare de girar.

segunda-feira, 2 de julho de 2012

A Ágora Maldita.

Não faço o tipo supersticioso. Não tenho medo de passar por debaixo de escadas, não tenho lado do travesseiro favorito pra dormir, não me preocupo em entrar nos lugares com o pé direito.

Não acredito que exista um deus, muito menos vários.

Mas existe uma coisa que me assombra, que me assusta, que me amedronta. Algo sobrenatural, inexplicável. Me persegue durante o dia, me acorda no meio da noite.

É a minha maldição. Minha habilidade de me colocar em situações complicadas, meu magnetismo em relação aos piores lugares do mundo. Mesmo que esteja em dois pólos que deveriam em teoria se afastar, a maldição faz com que o impossível aconteça.

E cá estou de novo. Dizem que o Inferno é quente. Meu inferno é quente, abarrotado de gente cosmopolitana, cristã e de cabeça fechada, que te olha de cima abaixo. Pessoas que te encaram com um improvável misto de inveja e pena.

Eu nasci no inferno quando ele ainda era apenas uma Califórnia de papel machê, cidade Potemkin do sucesso. Existem cabeças que não se adaptam, elas são excluídas. No Inferno, não há espaço para quem pense diferente. Vista as mesmas coisas, leia os mesmos livros, compre os mesmos discos.

A oportunidade de escapar surgiu e fugi como sempre quis. Mesmo que eu fosse a personalização da incerteza, sempre achei que minhas aspirações exigiam saltos maiores. Mas o Inferno é imutável, ou você leva o estilo de vida dele, ou foge e busca seu espaço em outros lugares.

Porém pela segunda vez desci ao inferno. Talvez porque parte de mim nunca tenha saído do Inferno. Talvez porque parte do Inferno nunca tenha saído de mim. Evitar rostos conhecidos é uma estratégia para sobreviver por aqui. Eu preciso de gente que finge que gosta de mim tanto quanto preciso de dentes no meu rabo.

Morei muito tempo aqui, nunca me senti em casa, mas depois de sair é diferente. Uma vez que saí do inferno e vi o mundo, voltar aqui é extremamente desgastante. Sinto-me sufocado pela hipocrisia e ignorância que me cercam. É constante o receio de ter que trocar sorrisos falsos com pessoas que acham que fizeram parte da minha vida.

A maldição me trouxe de volta. Mas meu contrato com o demônio já está no fim.

Espero vocês no lado de fora, onde o ar é mais fresco e posso ser realmente quem sou.

"I hate this town
It's so washed up
And all my friends
Don't Give a fuck
They'll tell me that it's just bad luck
When will i find where i fit in?"