sexta-feira, 28 de dezembro de 2012

Vigiar e Punir.


Um cara entra numa escola e atira em todo mundo. Por isso, devemos proibir a comercialização de armas de fogo.

Um cara bêbado entra numa escola e atira em todo mundo. Por isso, devemos proibir a comercialização de armas de fogo e de bebidas alcoólicas.

Um cara bêbado entra numa escola, atira em todo mundo, e na saída, atropela mais quatro pessoas. Por isso, devemos proibir a comercialização de armas de fogo, de bebidas alcoólicas e de veículos automotivos.

Um cara bêbado e viciado em videogames entra numa escola, atira em todo mundo e, na saída, atropela quatro pessoas. Por isso, devemos proibir a comercialização de armas de fogo, de bebidas alcoólicas, de veículos automotivos e videogames violentos.

Não seria mais fácil proibir os assassinatos? Ah é, já são proibidos e, mesmo assim, as pessoas vivem se matando.

Leis não impedem o crime de acontecer.

Devemos repensar a educação e a humanização das relações sociais. Nos tornamos máquinas, somos parte da produção de algo maior que a gente, esquecemos do que somos: humanos.

Segregamos, odiamos, discriminamos, somos vingativos e egoístas. Tudo em nome do capital, tudo pra subir na vida, tudo para estar no topo da cadeia hierárquica de merda criada  pelo dinheiro, pela religião, pela necessidade de servir e ser servido. Pela necessidade de julgar e punir.

Corremos a vida inteira atrás de status e dinheiro. Tudo é competição, tudo é movido pela vontade de ser melhor que o outro. Puxe o saco de quem está em cima, pise em quem está embaixo.

Vivemos em uma sociedade adormecida, pronta para explodir, para acordar e engolir a si mesma em caos e violência. A tensão é mais que étnica, racial, religiosa ou social: é cultural e espiritual.

Um cara entra numa escola e atira em todo mundo. A culpa é dele. A culpa é sua. A culpa é minha. A culpa é nossa.

quarta-feira, 26 de dezembro de 2012

Viva emptiness!


Is in these moments of solitude and off of any wishes that we feel what flows inside when nothing comes from outside. Like the Moon Void of Course we face the emptiness so as we face the fear and watch the external chaos as we slowly die. Anything left. No vision of the future, but a million endless minutes to live with nothingness. What do at each moment? Oh please don´t spend time with this quiz, just live and leave.
Confusion is despair. You don´t need more than perception.

segunda-feira, 24 de dezembro de 2012

Melhor assim.

Oi.

Tem tempos que não falo contigo.

Mais um fim de ano sem você, mais um fim de ano pensando em como tudo poderia ter sido diferente.

Dessa vez, eu finalmente me conformei, mas não é necessariamente uma notícia boa.

Se estivesse aqui pra ver o que me tornei, estaria extremamente decepcionado comigo. Seu melhor amigo não passa de um fracasso.

Ficamos quites, você não merece tamanho desgosto e nem eu uma amizade tão verdadeira.

Sinto sua falta, mas é melhor assim.

sábado, 8 de dezembro de 2012

We bleed
but we survive better
With the truth in our pain
so intense as the power that we have to transform pain in wisdom.
And so the blood turns the feed of infinite mistery machine.