quarta-feira, 29 de dezembro de 2010

Falling from grace cause I've been away too long...


Deixando tudo o que lhe foi presa, pegando tudo de volta, e arrumando novamente. Não é um nome diferente, nem a mesma coisa... Pessoas vão, pessoas vem. Roles vão e vem também. Se tem algo nessa vida que não é certo, é o relacionamento para/com as pessoas. A unica certeza é sobre como os seus pés estão firmes no chão. Na bifurcação do caminho, há ventos paralelos que te levam, buscam, e trazem de volta ao solo. O flutuar eterno não existe. Ele dura um tempo só, é aí que dentro do parenteses do vento paralelo existe a escolha de flutuar com a corrente leve e benevolente, ou hesitar e não arriscar a queda alta e brusca.
Por que não flutuar? Se não flutuar agora, um dia irá ceder, e sabes que isso acontecerá mais vezes.
Oportunidades, de todas as vezes que lhe ocorre é diferente, com pessoas e lugares diferentes.
Antes de aceitá-la deve pensar muito, e conhecê-la a meio. Mas não perca...
Por que não flutuar? O que resta além disso é ficar na grama olhando a direção dos ventos, observação é uma defesa ótima quando se tem medo de sentir a intensidade das coisas.
Mas eu acho que já fiz muito sobre a observação...
Deixando os erros para trás, e indo flutuar no imenso ar dos mares de Floripa, sentindo a intensidade daquele que me é de libra.

terça-feira, 28 de dezembro de 2010

A vida em caixas

Entre as últimas caixas empilhadas e o ar pesado e quente de um dos verões mais quentes que já vira, encostou-se na parede deslizou até cair sentado no chão do quarto quase vazio. Levando as costas da mão a testa para enxugar o suor, observou exausto as 4 paredes que o cercavam e passou a imaginar o quanto aquele lugar significava pra ele. Aquelas 4 paredes brancas cercavam o seu mundo particular onde, desde cedo, aprendeu as maiores lições que a vida poderia ter ensinado nos 12 últimos anos.

As paredes conheciam ele melhor do que qualquer um.

Elas acompanharam-o, desde garoto até virar um homem.

Homem que se tornou, agora sentado no quarto vazio - exceto pelas últimas duas pequenas caixas que se empilhavam próximas a ele - imaginou quanto aquele universo parecia vasto e de infinitas possibilidades e agora não passava de um quarto vazio, vago, sem vida, sem memória.

Mas haviam boas lembranças daquele lugar no qual cresceu e agora havia de deixar. Também haviam as ruins, que preferira sepultar nos recantos mais escuros de sua mente.

Levantou-se com calma, e abraçou as duas caixas equilibrando-as e mantendo-as empilhadas assim como estavam no chão. Eram os últimos livros da época da escola que não devolvera quando deveria ter feito.

O vento fresco que entrava pela janela junto com a luz do sol das 3 da tarde contrastava com o ar quente e pesado que pairava entre as quatro paredes enquanto ele se dirigia a porta aberta e imaginava porque aquele lugar lhe trazia memórias tão ruins e dolorosas quando a grande maioria das lembranças eram doces e felizes.

Talvez as lembranças ruins fossem mais marcantes, e durante as noites sem sono deixavam de estar no passado pra habitar o presente.

De qualquer forma, a decisão estava tomada: homem, ele deixaria a casa que entrou quando ainda era um menino.

De uma vez por todas, foi até a porta, conseguiu abraçar ambas caixas debaixo do braço esquerdo levando a mão direita ao trinco frio e metálico da porta. Antes de fechá-la, fitou por uma última vez aquelas quatro paredes e aquele universo agora já era só um quarto vazio com um ar mórbido e quente de verão.

O que ele chamava de "casa" seguiria-lhe pra onde quer que fosse, ali só ficariam lembranças marcadas na madeira e no cimento daquela casa que, um dia, seria o lar de outra pessoa.

Esqueceu tudo isso e, já com os olhos cheios d'água, fechou de uma vez por todas a porta para que nunca mais fosse aberta - pelo menos, não por ele. E o som da madeira se chocando com o batente e do trinco frio se fechando ecoou eternamente pelo corredor.

Ali ficou lacrado o seu passado, mas as lembranças ele levaria pra sempre em sua mente.

"Nem mais sei quem é você que está aqui de mudanças.
Só vou lhe deixar ai solidão e lembranças"

sábado, 25 de dezembro de 2010

[IN]Feliz Natal

É, chegou aquela época do ano em que todos nós reuinimos com a família pra celebrar as festas que fecham o ano vigente e oficializam o começo do próximo.

Então você pensa: o que eu fiz esse ano?

Nada.

Eis a depressão natalina =D

Perceber que, no fim de mais um ano, um bom tempo se passou e você permanece na inércia, sem mudança, sem ter feito aquilo que queria/deveria ter feito.

Mas, pelo menos pra mim, apesar do ano ter sido horrível, fui imensamente recompensado com esse final. Existem coisas grandes acontecendo e não consigo entender todas elas, mas eu não preciso.

E só espero me dar o verdadeiro presente já em 2011.

Abraços falsos, porém amistosos.

I know this year's been miserable but i have faith the end is beautiful. It's just the road to get to you that's hard.

quarta-feira, 15 de dezembro de 2010

Oh, Maria Joana.

Venho aqui com a cabeça girando a mil e pensando mais mil coisas, mas na real não consigo capturar muitas, sabe? Elas se misturam e as vezes eu tento encaixá-las umas com as outras mas não faz muito sentido...
Meu capricornio guarda muita coisa que no dia-a-dia eu acho tão ridiculo.
Eu odeio crianças de 16 anos que fazem biquinho pra tirar foto, essas milhares de cabeças ocas de boi homossexual que andam na rua esbanjando glitter e infantilidade no visul justin biba (WTF? Como já dizia Ozzy), Eu passaria uma máquina de triturar em todos eles (Quanto ódio em seu coração, Bruti). Mas eu me revolto também, com os pais, que deixam suas crianças regredirem. Não deixam beber, não deixam ir em tal lugar, mas acham lindo quando suas crianças estão nessa moda infantil totalmente sem cérebro que se julgam inocente, mas que de inocencia não tem nada, é só acefalia. Alguem me disse ontem que a culpa de toda essa merda moderna dos anos 2000 eram os pais, eu concordo. No dia em que meu pai me viu ouvindo reggae ele já falou pra tomar cuidado pra não fugir das minhas raizes punks. hahaha é disso que tô falando. E digo mais, eu não respeito mesmo essa antiga geração que se diz "Experiente". Gente, experiencia não é a mesma coisa que respirar. Viver não é questão de você estar em saude, ali, respirando. Viver não é essa ordem de cadeia alimentar (Vide predador: Dogmas da sociedade & regras). Não confundam VIVER com EXISTIR. Você está jogando o nome da essencia em vão. Não faça isso, bastardo conformado. Seguir a moda, seguir a linha alheia, seguir em frente, seguir a correnteza pelo medo do fracasso te torna mais perdedor do que eu, que passo por aqui escrevendo merda sobre você.
Agora colocando um dos segredos da alegria da adolescencia em pauta: Beber e etc'.: Não é questão de fraqueza, muito pelo contrário. É questão de curiosidade, de conhecer o teu interior oculto, de ver a vida de outras formas. Até mesmo de tirar o teu medo.
Limitação, auto-impor uma regra sim é puro medo.
Não tô falando de beber, não só disso, nem tô falando pra você fazer algo ou não fazer, nem pra pular de uma ponte. Mas uma coisa que devo alertar aqui é sobre a paz que você quer dentro de você, pra conquistá-la, antes, deve apresentá-la a assencia de diversos tipos de coisas. A ideologia está ligada a cegueira e a alienação, hoje sim, eu falo isso sem medo. Antes de afirmar algo, conheça o outro lado. O que você tem a perder experimentando? Tempo? E o que é tempo pra você? Você nem sabe sobre o tempo, ninguem sabe sobre o tempo. Não podes dizer que vai perder tempo, se você não sabe o quanto de tempo tem. Pode cair um avião em sua casa agora, enquanto lê isso. Ou amanhã você pode descobrir que tem cancer e dizer "Porra, o que vou fazer agora? Aproveitar os ultimos minutos? Ir pra um hospital?'' E ali se bate o desespero sobre o tempo, o que acontece é que as coisas previsiveis sobre o fim do seu tempo não compara com as grandes coisas imprevisiveis que pode CAIR sobre você e acabar com tudo agora. Nós não sabemos mais do que sabemos. É por isso que eu digo, para tentar colocar intensidade em tudo aquilo que faz. Sendo criança, jovem, adulto, idoso. Sendo alternativo, sendo punk, sendo skater, sendo vagal, sendo hippie, sendo from metal, sendo sxe, sendo vegan, sendo dono de uma churrascaria, sendo surfista (hm), sendo finlandes vivendo no brasil, sendo gordo, magro, negão, albino.
Isso não voltará mais, meus amigos, apesar de algumas teorias, você não se lembrará nunca mais sobre a vida, depois que acabar-se. Nós esquecemos mais do que sabemos. Portando, olhe o teu modem agora, dê um abraço nele, sinta o físico como se fosse pela ultima vez. Dê um oi pros maluco que tão cantando no teu Media Player.
E o mais importante: APARENCIA não é nada. Não se faça para outros humanos em momento algum, ninguem irá morrer por ti. Não deixe de ser o que você quer ser se alguem te diz que não pode.
Outra coisa: A maioria dos humanos são deploráveis.
As coisas intensas, você sabe com quem pode compartilhar.

É isso, escrevi muita merda por hoje. (Graças a Maria Joana) digo...

segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

HD VS MEMÓRIA

Forte é aquilo que insiste em estar contigo mesmo que involuntariamente. O Subconsciente deita em rola em cima de nós, e muitas vezes nem vemos. Controle? não temos.
Coisas rasas e superficiais que passam diante de nossos olhos são apenas reflexos do que está acontecendo ao seu exterior. As respostas que você quer, são trabalhos inacabados dentro de você.
Perguntas sem respostas é a grande máquina que faz o teu cérebro descansar e/ou procurar por outras questões.
Respostas inacabadas é a grande trava que acontece nessa maquinaria dentro de você, que te faz voltar e tentar seguir, voltar e tentar seguir, voltar e tentar seguir, voltar e tentar seguir. As vezes a coisa é tão boa que você, propositalmente não quer enxergar as respostas.
Respostas: Pra quê? Até parece que relacionamentos pessoais são feitos a lápis e caneta. E não a experiencia.
Mas como eu disse, na maioria das vezes esse questionario fica preso a tanto em tua memória, que passa a se tornar parte de você e empreguina em seu corpo. Sem controle, nós somos.

quinta-feira, 2 de dezembro de 2010

Hell or High Water

Hi there.

Hoje vou falar sobre algo menos - bem menos - convencional.

Esse é um post para os OTIMISTAS.

A vida é tão cheia de possibilidades que é praticamente impossível haver algum tipo de segurança plena acerca de alguma coisa. Ter certeza de alguma coisa é um privilégio dos otimistas.

Mas HOJE eu estou do lado deles.

Pela primeira vez na vida eu tenho CONVICÇÃO de alguma coisa.

Eu sei que quero, sei que posso e sei que vou conquistar meu espaço.

Eu tenho certeza do amor que sinto e de que ele é sim recíproco. Tenho certeza que aprendi com os erros do passado para não cometê-los de novo. Tenho certeza de que em certo ponto da vida coisas boas acontecem. Tenho certeza que vou superar o que há de vir.

Mas e as possíveis variáveis? E se eu estiver errado?

Bem, se eu estiver errado, vai ser só mais uma vez. Se não, vai ser a única vez que realmente será relevante.

quarta-feira, 1 de dezembro de 2010

Go on, take everything.


Cada dia que passa eu menos me questiono sobre a balança que equilibra o "bem" e o "mal", mais diretamente a colocar teu corpo e teu "coração" em riscos.
A partir do momento da "não ação", os teus sentimentos continuam sentindo, mas dessa vez diante da ausencia de um propósito, eles sentiriam um vazio imenso; E a partir do momento em que eles sentem algo muito profundo ele se torna muito frágil a qualquer tipo de rejeição a ele mesmo.
Aí eu me confirmo: Não temos escapatórias, amiguinhos. Ou você é forte, ou você morre.
A unica certeza que temos é que esse mundo é perigoso demais para nós, humanos. A unica coisa "especial" que nos diferencia dos animais é o sofrimento mental para/com relações muito complexas sobre outros humanos. Não é tão fácil assim abandonar outro membro da familia, ou teu companheiro, e seguir em frente pensando em comer simplismente, infelizmente somos mais complexos que isso, querendo ou não. The fuckin feelings remains. E assim continua...até que você ache outro pra tentar te matar. PS: e ninguem pode te salvar disso. :D