quinta-feira, 28 de abril de 2011

Eles são os catastrofistas dos dias modernos.


Por que este tempo está tão vazio?
Não vejo vantagem alguma nessa paz silenciada.
Não é pós-guerra ocidental, é pós domínio cerebral.

O que é a vida hoje, a não ser a sobrevivencia e o crescimento social?
Nossa única causa é o egocentrismo de ser e servir a um ciclo vicioso monetário. Isso é fato.
Encarar a onda dos dias modernos e das relações vazias e não conseguir ver um caminho alternativo a não ser o isolamento, é difícil... Ou a fuga da realidade coletiva enquanto pode.
Quero algo maior para lutar... Ares verdadeiros para sentir.
Essa corrida social não me pertence, e não poderá contar comigo.
'Nós nos ofendemos em todo lugar pela fortuna que dividimos.
"esse mundo pode ser um lugar melhor", é um conceito que eu perdôo.
Dado o nosso caminho patético, nosso destino é conhecido, é...
Miséria e fome.

terça-feira, 26 de abril de 2011

The Mercy Seat


Tudo gira em torno de você? Sim
O tempo passa e quando você se dá conta, é só depois da perda.
Viver o presente lucidamente não é viável... As páginas não podem ser escritas no presente, pois a cada fração de segundo a concepção muda, mas a história continua sendo a mesma.
O que está girando ao seu redor, além de seu meio e o aparente egoísmo, só são as mesmas coisas pela qual você gira também, no mesmo sentido. Isso é o tempo. O resto é o rastro de poeira e lembranças que ele deixa.
Aquelas que são boas, aquelas que você se arrepende de não ter feito com mais intensidade, aquelas na qual voce se arrepende de não ter feito, na qual você queria ter parado, na qual você quisesse ter feito novamente. E há também aquelas memórias de coisas que você nunca fez, essas podem ser confundidas e encaixadas no futuro, no qual você conspira a favor com frases feitas, e ao mesmo tempo transpira com pensamentos positivos.
A memória não é mesmo uma caixa preta?
Você se guarda, e de repente se vê dentro de um amontoado de carne e osso e se pergunta Onde tem chegado, e O que conquistou. O que você tem em todos esses invernos que tens passado? E tudo começou enquanto vislumbrava o horizonte com um dicionário decifrando o mapa dos sonhos.
O que te faz estar preparado para morrer, seria o Dia de Hoje, ou o Momento Agora? E se voce estivesse morto, mas tivesse alguns segundos para pensar, você pensaria em como falhou ou em como foi bom por mais mínimas as coisas que conquistou até hoje? Não sei se o negativismo da primeira opção leva ao realismo, ou se o talvez conformismo da segunda leve ao realismo positivo. Quais realidades são válidas perante a linha do tempo?
Acho que realidade e tempo não pertencem a mesma linha.
Deve ser por isso que pode existir diversas realidades no mesmo tempo. Ou como diria os intelectuais: Multidimensional.
O tempo e o espaço giram, e a realidade só tenta alcançá-la, não mais por um meio de sobrevivencia, e sim pela vantagem da história contada. Como se Bukowski ficasse mais feliz se soubesse que tem muitos fãs hoje. Como se Michelangelo se tornasse menos insano. Como se seu ídolo comunista pudesse encarar os fatos de hoje e se tornar do Capital.
A história não muda.
A realidade tenta alcançar o tempo.
O espaço é constante, até você não poder mais vê-lo, ou até nunca tê-lo visto. Nem ele, e nem esse texto.

domingo, 24 de abril de 2011

Reze pro teu santo protetor, se pensas que a dor vai te levar pro eterno azul...

Mas que distante...


Falar é fácil.

Sem mais...

domingo, 17 de abril de 2011

The History of the World (Pt. 1)


A lua cheia nos mostra o ápice do nosso crescimento e das mudanças.
Mudanças são dificeis de aceitar quando se é da Terra.
O crescimento é difícil de olhar, pois os olhos ainda estão refletindo no passado.
Talvez o brilho obscuro de um intenso conflito seja apenas mais uma parte dos nossos medos se pondo em nossas faces.
Talvez o medo pregado em nossas faces nos levem a um ciclo vicioso de tal brilho obscuro.
Talvez esse brilho obscuro seja Eu, ou o meu Outro Eu.

É como em um filme com Repeat a cada segundo, ou flash back, colocando sobre a mesa as quatro paredes pessoais. Dever, querer, Agora e O que se foi. Colocá-las em jogo uma com as outras e ter uma soma de tudo isso. Mas talvez seja muito para a mente processar e me dar uma resposta. Talvez a resposta esteja pronta e eu não quero ver.
Medo de crescer, é, eu tenho.
Talvez a palavra ''Talvez'' seja só uma máscara da afirmação. Um medo por trás de uma palavra.
Daonde surgiu tudo isso? Seria a lua em libra?

Só sei que é decepcionante ver as pessoas fazendo merda sem parar pra pensar no próximo.
É aí que coloco a questão de se Auto-beneficiar e tacar o foda-se pros outros; Ou deixar um pouco de lado esse lado do egoísmo e compartilhar um pouco de si.
Acho que essa questão seja uma das mais abordadas pelas dúvidas existenciais de qualquer pessoa. Pode ser que casos são diferentes, ou talvez é só o seu Eu mostrando sua faceta do Querer. Querer, que é um dos desejos mais fantasiosos do ser.
Vivendo para tentar ser o que já foi; Vivendo pelo amanhã; Vivendo por você; Vivendo pelo seu querer; Vivendo as consequencias; Vivendo para deixar; Vivendo para tentar sentir... Tudo ao mesmo tempo.
Será que alguem consegue viver completamente sozinho e feliz por muito tempo?
Tempo que já se foi, e será que chegará amanhã?

quarta-feira, 6 de abril de 2011

Imagem meramente ilustrativa.



Inconsciente Pessoal X Inconsciente Coletivo

...Enfim diante da consciencia da luz, se forma a sombra, e quando o ego não se posiciona de forma extremada, ou unilateralmente, a sombra representa potenciais, nos fornecendo substância e humanidade...

O espelho do consciente não é nada mais do que o conteúdo reprimido de sua inconsciencia. Uma estrutura maléfica de algo que você não quer ser, reprimido pelo ego que o inconsciente coletivo não nos permite ter. Cada porção reprimida da sombra representa uma parte de nós mesmos. Na medida em que a sombra vai se entregando ao consciente, a repressão vai se prensando à herança biológica dogmática e o nosso "outro lado", ou o nosso potencial desconhecido entra no arquétipo das sombras. Outras vezes, a sombra tem forças positivas que o ego não quer assumir porque pode significar responsabilidade demais ou alteração perturbadora da nossa limitada auto-imagem. A auto-repressão e os limites empregnados pelo coletivo, cada vez mais, nos torna partes do mesmo coletivo, deixando de lado a nossa rica complexidade. Quanto mais a pessoa se julga correta, nunca vivendo o seu lado sombrio, mais ela projetará e encarará os outros como malfeitores.
Esses "arquétipos", denominados por Jung, Carl, são formas sem conteúdo próprio que servem para organizar ou canalizar o material psicológico. Tais como, o Ego, a Sombra, o Líbido (Anima e Animus), o Persona (Que seria o nosso caráter ou "máscara"), e por fim o Self (que é a totalidade pessoal tanto do consciente quanto do inconsciente).
Enfim, amiguinhos, o cérebro é capaz de tamanha complexidade! É como saber que há um buraco negro, ou um tipo de massa grandiosa de sabedoria e "técnicas" ilimitadas dentro de si! Basta saber o caminho. A capacidade da mente e do corpo está toda guardada em seu subconsciente, á deriva, grande parte pela parte vista e reprimida, outra parte pelo oferecimento do desconhecido. Nossa realidade é criada por sistemas de crenças e uma vez que identificamos estes sistemas, podemos alterar nossos padrões.
Somos capazes de controlar desde uma dor de cabeça até certos sentimentos PS: O cérebro produz cinco tipos diferentes de ondas cerebrais: Betha, Alpha, Delta, Theta (hehe) e Gama. Cada atividade que exercemos é regulada por certas freqüências de ondas cerebrais. No dia em que eu souber especificar cada uma delas melhor eu torno a postar aqui ;] haha
Anyway, o positivismo sobre tal é o meio de um começo no qual a visualização, a sensação, o pensamento, o sentimento e a intuição pode levar a uma ferramenta para o controle de emoções, o controle do próprio corpo ou ao auto-destino, mas isso é muito complexo.
Acho que tô cansando de escrever... Isso é psicológico, certo? Se eu concentrar meus sentidos em visualizar um "up" no meu cérebro, no meu lado geminiano, eu tiraria essa canseira. Mas tô com preguiça de fazer isso.
Entenderam onde eu quis chegar?
Se joguem, negadinha!
Experimentem ver as coisas derreter sem tomar lsd! (PS: Para os que já tomaram o caminho é mais fácil hahaha)
Experimentem uma nova sensação, ou sentir o que já foi sentido.
Experimentem tentar chegar onde nunca chegaram.
Concentre, canalize, descubra e se surpreenda com a capacidade da nossa complexidade.
Cansei mesmo.

domingo, 3 de abril de 2011

Amarás a teu próximo como a ti mesmo?


Bom, pensando aqui sobre a comum relação entre seres humanos e para entender melhor a metade da lógica/razão que há entre tal, citarei um trecho da OBRA, O Mal-estar na civilização, do meu velho amigo Sigmund Freud.

''A realidade nos mostra que a civilização não se contenta com as ligações que até agora lhe concedemos. Visa a unir entre si os membros da comunidade também de maneira libidinal e, para tanto, emprega todos os meios. Favorece todos os caminhos pelos quais identificações fortes possam ser estabelecidas entre os membros da comunidade e, na mais ampla escala, convoca a libido inibida em sua finalidade, demodo a fortalecer o vínculo comunal através das relações de amizade. Para que esses objetivos sejam realizados, faz-se inevitável uma restrição à vida sexual. Não conseguimos, porém, entender qual necessidade força a civilização a tomar esse caminho, necessidade que provoca o seu antagonismo à sexualidade. Deve haver algum fator de perturbação que ainda não descobrimos.
A pista pode ser fornecida por uma das exigências ideais, tal como as denominamos, da sociedade civilizada. Diz ela: ‘Amarás a teu próximo como a ti mesmo.’ Essa exigência, conhecida em todo o mundo, é, indubitavelmente, mais antiga que o cristianismo, que a apresenta como sua reivindicação mais gloriosa. No entanto, ela não é decerto excessivamente antiga; mesmo já em tempos históricos, ainda era estranha à humanidade. Se adotarmos uma atitude ingênua para com ela, como se a estivéssemos ouvindo pela primeira vez, não poderemos reprimir um sentimento de surpresa e perplexidade. Por que deveremos agir desse modo? Que bem isso nos trará? Acima de tudo, como conseguiremos agir desse modo? Como isso pode ser possível? Meu amor, para mim, é algo de valioso, que eu não devo jogar fora sem reflexão.
A máxima me impõe deveres para cujo cumprimento devo estar preparado e disposto a efetuar sacrifícios. Se amo uma pessoa, ela tem de merecer meu amor de alguma maneira. (Não estou levando em consideração o uso que dela posso fazer, nem sua possível significação para mim como objeto sexual, de uma vez que nenhum desses dois tipos de relacionamento entra em questão onde o preceito de amar meu próximo se acha em jogo.) Ela merecerá meu amor, se for de tal modo semelhante a mim, em aspectos importantes, que eu me possa amar nela; merecê-lo-á também, se for de tal modo mais perfeita do que eu, que nela eu possa amar meu ideal de meu próprio eu (self). Terei ainda de amá-la, se for o filho de meu amigo, já que o sofrimento que este sentiria se algum dano lhe ocorresse seria meu sofrimento também — eu teria de partilhá-lo.
Mas, se essa pessoa for um estranho para mim e não conseguir atrair-me por um de seus próprios valores, ou por qualquer significação que já possa ter adquirido para a minha vida emocional, me será muito difícil amá-la. Na verdade, eu estaria errado agindo assim, pois meu amor é valorizado por todos os meus como um sinal de minha preferência por eles, e seria injusto para com eles, colocar um estranho no mesmo plano em que eles estão. Se, no entanto, devo amá-lo (com esse amor universal) meramente porque ele também é um habitante da Terra, assim como o são um inseto, uma minhoca ou uma serpente, receio então que sóuma pequena quantidade de meu amor caberá à sua parte — e não, em hipótese alguma, tanto quanto, pelo julgamento de minha razão, tenho o direito de reter para mim. Qual é o sentido de um preceito enunciado com tanta solenidade, se seu cumprimento não pode ser recomendado como razoável?''


Bom...
É aí em que o meio das 'espécies' ou 'classes' que nossa querida ''liberdade de expressão'' entra e separa os grupos tornando-os cada vez mais ideologicos, por mais fraco que tenha sido em certa década... Acontece que hoje temos a opção de podermos olhar e de certa forma escolher o tipo de indivíduo em que se pode compartilhar o ideal e a química, dependendo do meio em que se vive.
Verde+Verde, Azul+Azul, Amarelo+Amarelo. A lógica é essa.
O ponto da questão é: Até aonde será que irá se espalhar o mais poderoso meio desta vez? A cultura é espelhada hoje em dia nos meios de comunicação mais assessíveis, ou seja, a TV, Internet, Rádio, etc. E quanto mais acessível e popular for o conteúdo, mais a cultura se focará nela, consequentemente levando a civilização e a nova geração a vê-la, ouvi-la, gostando do mesmo. O que acontece é que esses meios de comunicação populares estão devidamente focada em adolescentes, e isso nos leva a modernidade do pop, que hoje em dia está com ênfase em um modismo chamado VIADAGEM. Isso mesmo. Eu não tenho preconceito com opção sexual, e sim do modo em que o caráter e o conteúdo é levado junto em massa. Porra, David Bowie não precisou ficar expondo o seu líbido em sua arte.
O conteúdo está visivelmente perdido e abaixo da IMAGEM. E essa exposição popular e com mensagem fútil está levando a cultura pra um emaranhado de acefalia.
Voltando ao Meio social, conseguimos chegar aos meios do assunto e concluir que o que tá na comunicação mais popular e acessivel, leva inconscientemente o seus 'apreciadores' juntos. Podemos até chamar, levando ao extremo da força de: Lavagem Cerebral. Já que, é inegável a falta de compreensão com grupos alheios, ainda mais se o grupo focar no seu líbido, ao invez de evoluir o seu respeito. Afinal, não somos mais macacos, não é mesmo? Em conseqüência dessa mútua hostilidade primária dos seres humanos, a sociedade civilizada se vê permanentemente ameaçada de desintegração.
Eu não quero tirar a razão de amarmos ao nossos semelhantes, tais como são o espelho de nossos ideais, e não de corpos. Mas a real é que eu realmente estou preocupada com essa decadência de princípios sendo engolidas pela nossa tão popular e artificial natureza humana modernizada.
Queria ver onde isso vai dar...