sexta-feira, 30 de agosto de 2013

Everchanging

A mudança é um processo único. Por vezes, é lenta e gradual. Em outras oportunidades, como essa, rápida e avassaladora.

Parei pra pensar, retracei cada passo dado, cada decisão tomada. Em quatro meses, dei uma inacreditável volta por cima. Me sinto inspirado, disposto e entusiasmado com cada acontecimento. Ao mesmo tempo, tenho aquele medo natural de tudo que acontece de diferente.

Todo mundo odeia a rotina, mas todos tem medo de sair dela.

Vou deixando as linhas desenharem-se sozinhas. Aproveitando a melhor parte da sensação de que a vida está começando agora. Mesmo preservando meus velhos amigos e familiares, notei que conheço há muito pouco tempo as pessoas com quem mais tenho compartilhado essa nova fase, esse novo caminho.

"Vire a página meu filho." - Meu Pai sempre disse. Recusei-me a ouvir por muito tempo. Estou virando pai, e o novo ato é extremamente empolgante.

Não só pela autenticidade que me permite ser autêntico também - é verdade que nunca me senti tão livre e tão capaz de exercer bem essa liberdade - e ainda tem outra coisa acontecendo, além da inspiração, além do entusiasmo, além de retomar alguns velhos sonhos somados a novos hábitos:

Pela primeira vez em muito tempo, sentir falta de alguém "de fora". E que fique em aberto o significado da expressão presa pelas aspas.

Expectativas levam à decepção, mas me acostumei tanto com ela que estou aberto ao que vier, não importa quando, não importa como, não importa com quem. Já dizia minha mãe - "Só vence aquele que corre o risco de perder".

Cheguei até aqui, vi tudo isso mudar da noite para o dia. Hoje, não é qualquer coisa que vai me fazer desistir ou voltar atrás.

Fiz as pazes com o Karma, e ele comigo.

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