terça-feira, 15 de outubro de 2013

Cinco


Quinze de Outubro.

Quando ele sai de cena, ela entra. É sempre assim.

O ódio e a tristeza dialogam dentro de mim o tempo todo. De tempos em tempos, um dá a vez para que o outro fale. Ás vezes eles cantam em uníssino. Ás vezes, harmonizam.

Me perco.

Me encontro na rua querendo um cigarro. De punhos cerrados. Não posso machucar quem eu quero, só resta punir a mim mesmo. Só um trago, não vai fazer mal.

Hoje não. Vou guardar meu ódio só pra você.

Me lembrei do que me disseram num sussurro (ou num grito, qual a diferença?):"Você não pode sentir raiva pra sempre."

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