segunda-feira, 7 de outubro de 2013

Abstinência.

E retorna aquela sensação de impotência, de fraqueza, de vulnerabilidade.

Como é viver sem depender de nada? Seria essa a verdadeira liberdade?

Enquanto alguma coisa derrete meus pensamentos e não me deixa juntar palavras, símbolos e gestos de maneira congruente, sinto um estranho formigamento por todo o corpo. É como se tivesse dormido pendurado em algum lugar.

Já mataram alguns milhões de judeus com o mesmo monóxido de carbono que colocamos pra dentro do nosso organismo todos os dias. Ele vem caprichosamente embalado no rolinho branco de celulose. Basicamente, um rolinho de câncer.

Se pelo menos tivesse uma bebida pra me acalmar... Afinal, todo mundo sabe: pra sair de um vício, deve-se entrar em outro. Foi assim sempre: Você saiu da minha vida, a ela entrou. Ela vai sair, alguém tem que entrar. Ainda não sei bem quem. O Tempo dirá.

A gente se arrisca, chega na beirada do inferno e volta pra contar como foi.

Por hora, só posso dizer que é um alívio sentir abstinência de algo que não seja você.

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