Como cavalos de corrida, nascidos, criados e treinados para isso, nós competimos. Enjaulados e edificados com a cultura da raiva, do medo e do terror, competimos.
O único momento de liberdade são os poucos segundos na pista e a glória na linha de chegada. Por um segundo, tudo o que podemos ouvir são nossos cascos batendo no chão, levantando a poeira, estremecendo o mundo.
A base de euforiantes, anabolizantes e hormônios, nós competimos.
Numa sociedade que nos pressiona a sermos os melhores, nós competimos.
E nunca é o bastante, sempre temos que vencer mais e mais. E passamos a vida inteira correndo sem chegar a lugar nenhum. Mesmo assim, competimos.
E no final, o prêmio é sempre do jóquei.
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