Escrevi uma música na minha cabeça.
Guardei ela pra mim.
Com raiva o bastante pra incendiar dois terços da Florestas.
Triste o bastante pra poluir um quarto do Oceano.
E na mórbida paisagem do Mar apodrecendo com toda vida ceifada envolta em óleo encontrando a vista inimaginável do mar de fogo devorando a mata encurralei meu pensamento até ele sufocar e morrer.
Porque em alguns dias o fogo vai se apagar, em alguns anos o verde voltará a dominar a paisagem mais bela do que nunca com um novo mar de azul intenso e cheio de vida à sua frente.
Eu vou estar na praia esperando ser levado debaixo do sol ardido e do céu mais azul que já vi.
Acordo. Nada é real, nem mesmo eu.
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