Você já pensou que tudo o que você procura pode estar logo a
seu lado? Penso que aquela sensação de gratificação cósmica do tipo "Não
preciso de mais nada." esteja diante de nós. Logo no primeiro passo que
você dá rumo a uma jornada para algum futuro sonhado, seu coração (com emoções
ou livre da maior parte delas) e sua visão intencional de bem-estar pedem pela
chegada dessa tal combinação. Quanto mais demora, mais cansaço. Pois, digo-lhes
que se seu primeiro ou segundo passo rumo a seu destino for por desventura
tristonho e esquecido, esqueça-te do resto e pense em refazer-te com a
destruição dos teus sonhos, pois a primeira construção que deva fazer é dentro
de você mesmo para que possas recordar de quem és, ou quem nunca será. Um
caminho só é verdadeiro se manter-se com sua intenção atenta e íntegra, pois a
única coisa a perder é perder-se de si mesmo, o que não é uma coisa ruim, pois
talvez possa ser comparado como a morte que faz surgir algo novo, mesmo tendo
que transcorrer toda a escuridão que existe por aí, passando planeta por
planeta. Pergunto-lhe, minha cara senhora dona de casa, para que a pressa? Nosso
coração pode muito bem privar-se da desilusão por algo irreal se iludindo com
todas as realidades presentes no nosso presente, seja ela uma lamparina com uma
chama acesa que nos faz questionarmos sobre os poderes do fogo ou nos faz
apenas guardar nossos pensamentos por um momento para que possamos sentir nossa
presença, sem interferências. O amanhã não existe em nenhuma possibilidade, a única
coisa que existe é o que você está fazendo agora, que resultará em um futuro
ainda inexistente, e a nossa imaginação desenhando em nós os nossos castelos no
céu. A paciência não é algo que atinge a espera por outras coisas, mas ela
afeta todo o seu modo de ver, dando-lhe uma satisfação surreal de admirar,
mesmo que ausente de algum sorriso, e aprender mesmo com uma pedra que você
acabara de tropeçar, mesmo apenas observando o passar dos ventos que atingem
até o rumo do fogo que fica suspenso acima de sua cabeça. A paciência resulta
em ter clara noção de que existem vários fatores externos acontecendo de acordo
com a intensidade da ventania, e nós continuamos firmes com tudo o que temos,
que é nada mais do que nosso próprio mundo interior talvez aberto à um chamado
de reação, que vai depender de tudo o que estávamos criando até agora.
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