Feliz pior dia do ano pra mim.
Eu poderia escrever mais um texto gigante e bem elaborado. Poderia dar o melhor de mim para "celebrar" essa data "memorável". Poderia criar algo emotivo, forte, chocante que me arrancasse lágrimas durante sua construção.
Mas não. Hoje não vou escrever nada.
Não vou fazer nada. Não vou falar, não vou escrever, não vou cantar, não vou tocar, não vou dançar, não vou pensar, não vou lembrar, não vou chorar, não vou tentar de novo.
Hoje não vou falar do amor, não vou ouvir as músicas, não vou sentir saudades. Não vou acalentar, não vou sofrer, não vou correr. Não vou beber, não vou fumar cigarros, não vou paasar a noite pensando no amanhã.
Hoje não vou fazer nada. Hoje não vou falar nada.
Porque é isso que sobrou de mim, nada.
Hoje me reservo o direito de amaldiçoar esse dia. Hoje me reservo o direito ao ódio, ao desprezo, ao desejo de virar a mesa. Mas faço isso calado, como deve ser.
O meu silêncio representa o luto. Porquê os mortos não falam. Os fracos não são ouvidos. Eu sou uma mistura dos dois. Uma parte morreu há cinco anos atrás. A outra, por mais que fale, por mais que grite, por mais que tente chegar à superfície jamais será ouvida.
Mas eu nunca vou esquecer. Eu nunca vou perdoar aquela pessoa que morou aqui antes de mim. Antes que eu, sendo quem sou hoje, assumisse essa vida que me foi deixada como legado de um perdedor, de um covarde.
Vou sofrer calado, vou nutrir essa raiva dentro de mim todos os dias. Vou deixar que ela me mantenha sempre alerta, acordado, vivo.
E nunca vou dar a vocês o prazer de ver uma lágrima correr pelo meu rosto. Não hoje. Não nessa vida.
terça-feira, 16 de outubro de 2012
quinta-feira, 11 de outubro de 2012
Um último diálogo nas escadas
Quinta Feira, 11 de Outubro de 2012
Dizem que o bom escritor é aquele que prende o leitor e faz com que ele sinta-se próximo, identifique-se com o autor da obra.
Também dizem que contar uma história triste, a mais triste de todas é um meio bem rápido de criar um forte laço emocional com o leitor e mantê-lo preso até o fim.
Então vou dar o melhor de mim. Se leu até aqui saiba que o que segue pode mudar seu dia. Pra melhor ou pior, depende do seu ponto de vista. Eu busco conforto na ficção, uso metáforas, não me exponho, mantenho certa distância do que escrevo, mas o que narro a seguir realmente aconteceu comigo
Era quinta-feira como hoje, em 11 de Outubro de 2007. Eu era bem mais jovem e imaturo, todos nós éramos. Eu cursava o primeiro ano do Ensino Médio e estava no ápice da adolescência, mas era um poço de ingenuidade.
No fim da aula, descendo escadas, ouvi a voz de alguém me chamar. Do topo do primeiro lance de escadas, vi ele acenar.
Leó era meu melhor amigo. Estudávamos em turmas diferentes, eu era do 1ºG e ele era do 1ºH.
Ele queria passar o Fim de Semana na minha casa. Como era feriado na sexta feira, obviamente não teríamos aulas. Ele queria ajuda com uns trabalhos, jogar um futebol e coisa e tal.
Leonardo era um nome desconhecido em casa. Para nós, era Leozinho (por causa da estatura, menor que a de um garoto de 15 anos geralmente teria). Desde os nove, era muito presente na minha família. Era tão "de casa" que minha mãe foi sua madrinha de batismo. As pessoas sempre achavam que éramos irmãos (apesar de não haver qualquer semelhança física) e essa ideia geralmente não era desmentida. De certa forma, éramos irmãos, fomos criados praticamente juntos.
Depois de um diálogo rápido, expliquei que estava indo pra casa da minha vó, que não estaria em casa no fim de semana. Que ficaria pro próximo. Eu não disse, mas ultimamente, eu não suportava minha casa.
Nessa época morávamos em outra cidade. Casa grande, bonita e com um aluguel bem mais baixo do que em Ribeirão. Compensava o sacrifício de ter que viajar para ir para a escola. E tudo ia bem. Mas tem coisas que são inexplicáveis.
Um homem trabalha duro a vida inteira, todos os dias chega em casa e encontra conforto na família. Mas um dia, subitamente, ele decide que não quer mais viver lá. O resto é detalhe, pouco importa. Não sei se vai ler isso, mas caso o faça saiba que não guardo ressentimento. Apesar de sentir falta das palavras, dos conselhos e até mesmo dos sermões a vida teve de continuar, cada um segue o destino que escolhe, respeito isso.
Desde então, aquela casa tornou-se um mausoléu, a tumba daquilo que já foi um lar. Tudo se tornou frio e sem vida, as cinzas de algo que já foi belo, mas o destino quis que fosse tomado pelas chamas da circunstância. Talvez pelo inconformismo da minha mãe, talvez pela perda da união familiar ou besteira do gênero. Aquela casa deixou de ser nosso lar. Eu não me sentia bem ali. Não mais.
Mas voltemos ao meu diálogo nas escadas com Léo (ou Léozinho, para que fiquem mais à vontade com o pesonagem).
Nos despedimos um do outro. Apressado, desci as escadas. Eu tinha uma caminhada de quase quatro quilômetros.
Mas como eu disse, eu era um poço de ingenuidade. Eu era puro até demais. Ainda não entendia como algumas coisas funcionavam.
Dizem que o amadurecimento é um processo longo, lento e gradual. Acredito que isso seja verdade, mas as vezes somos obrigados a crescer rápido demais. A culpa faz parte disso. A dor, o fracasso e raiva fazem você crescer logo antes de te matar, difícil é saber em qual ponto uma coisa se torna a outra. Acho que parei bem no limite entre o que não mata e fortalece e algo que destrói o ser humano. Meu rápido crescimento começou ali naquelas escadas e deixou cicatrizes permanentes.
Eu não sabia, mas aquele diálogo que tive com Leonardo nas escadas foi nossa última conversa. Foi a última vez que vi seu rosto, a última vez que ouvi sua voz. Como se não tivesse valor, sua vida foi simplesmente arrancada de si nos seis dias que seguiram-se. Todos os seus anseios, planos, desejos, medos, fantasias e sonhos ignorados, derrubados, massacrados pelo cruel e infalível destino. Em menos de uma semana, tudo que ele era desapareceu, sucumbiu. Não teve como ajudar ele com os trabalhos de escola no fim de semana seguinte. Nem no seguinte. Nem no seguinte. Nem no seguinte...
É difícil entender que a consciência de alguém simplesmente possa deixar de existir. Mas é assim que as coisas são, acontecerá com todos nós e tingirá com sangue escarlate e com a negra escuridão a vida daquelas que ficam pra trás imaginando o quão banal a vida é.
A tragédia é sempre antecedida pela rotina, é sempre algo banal. A morte não bate na sua porta, não pede licença ao entrar. Me culpei por muito tempo. Por quê não deixei que fosse pra casa? Minha mãe é técnica em enfermagem, talvez percebesse que tinha algo de errado. Talvez não fosse tarde demais. E se tivesse sido diferente?
Era quinta-feira como hoje, em 11 de Outubro de 2007. Um dia que não me permito esquecer. Na véspera do dia das crianças, há cinco anos atrás, eu começava a deixar de ser uma.
E você? Já disse que ama alguém importante hoje?
Dizem que o bom escritor é aquele que prende o leitor e faz com que ele sinta-se próximo, identifique-se com o autor da obra.
Também dizem que contar uma história triste, a mais triste de todas é um meio bem rápido de criar um forte laço emocional com o leitor e mantê-lo preso até o fim.
Então vou dar o melhor de mim. Se leu até aqui saiba que o que segue pode mudar seu dia. Pra melhor ou pior, depende do seu ponto de vista. Eu busco conforto na ficção, uso metáforas, não me exponho, mantenho certa distância do que escrevo, mas o que narro a seguir realmente aconteceu comigo
Era quinta-feira como hoje, em 11 de Outubro de 2007. Eu era bem mais jovem e imaturo, todos nós éramos. Eu cursava o primeiro ano do Ensino Médio e estava no ápice da adolescência, mas era um poço de ingenuidade.
No fim da aula, descendo escadas, ouvi a voz de alguém me chamar. Do topo do primeiro lance de escadas, vi ele acenar.
Leó era meu melhor amigo. Estudávamos em turmas diferentes, eu era do 1ºG e ele era do 1ºH.
Ele queria passar o Fim de Semana na minha casa. Como era feriado na sexta feira, obviamente não teríamos aulas. Ele queria ajuda com uns trabalhos, jogar um futebol e coisa e tal.
Leonardo era um nome desconhecido em casa. Para nós, era Leozinho (por causa da estatura, menor que a de um garoto de 15 anos geralmente teria). Desde os nove, era muito presente na minha família. Era tão "de casa" que minha mãe foi sua madrinha de batismo. As pessoas sempre achavam que éramos irmãos (apesar de não haver qualquer semelhança física) e essa ideia geralmente não era desmentida. De certa forma, éramos irmãos, fomos criados praticamente juntos.
Depois de um diálogo rápido, expliquei que estava indo pra casa da minha vó, que não estaria em casa no fim de semana. Que ficaria pro próximo. Eu não disse, mas ultimamente, eu não suportava minha casa.
Nessa época morávamos em outra cidade. Casa grande, bonita e com um aluguel bem mais baixo do que em Ribeirão. Compensava o sacrifício de ter que viajar para ir para a escola. E tudo ia bem. Mas tem coisas que são inexplicáveis.
Um homem trabalha duro a vida inteira, todos os dias chega em casa e encontra conforto na família. Mas um dia, subitamente, ele decide que não quer mais viver lá. O resto é detalhe, pouco importa. Não sei se vai ler isso, mas caso o faça saiba que não guardo ressentimento. Apesar de sentir falta das palavras, dos conselhos e até mesmo dos sermões a vida teve de continuar, cada um segue o destino que escolhe, respeito isso.
Desde então, aquela casa tornou-se um mausoléu, a tumba daquilo que já foi um lar. Tudo se tornou frio e sem vida, as cinzas de algo que já foi belo, mas o destino quis que fosse tomado pelas chamas da circunstância. Talvez pelo inconformismo da minha mãe, talvez pela perda da união familiar ou besteira do gênero. Aquela casa deixou de ser nosso lar. Eu não me sentia bem ali. Não mais.
Mas voltemos ao meu diálogo nas escadas com Léo (ou Léozinho, para que fiquem mais à vontade com o pesonagem).
Nos despedimos um do outro. Apressado, desci as escadas. Eu tinha uma caminhada de quase quatro quilômetros.
Mas como eu disse, eu era um poço de ingenuidade. Eu era puro até demais. Ainda não entendia como algumas coisas funcionavam.
Dizem que o amadurecimento é um processo longo, lento e gradual. Acredito que isso seja verdade, mas as vezes somos obrigados a crescer rápido demais. A culpa faz parte disso. A dor, o fracasso e raiva fazem você crescer logo antes de te matar, difícil é saber em qual ponto uma coisa se torna a outra. Acho que parei bem no limite entre o que não mata e fortalece e algo que destrói o ser humano. Meu rápido crescimento começou ali naquelas escadas e deixou cicatrizes permanentes.
Eu não sabia, mas aquele diálogo que tive com Leonardo nas escadas foi nossa última conversa. Foi a última vez que vi seu rosto, a última vez que ouvi sua voz. Como se não tivesse valor, sua vida foi simplesmente arrancada de si nos seis dias que seguiram-se. Todos os seus anseios, planos, desejos, medos, fantasias e sonhos ignorados, derrubados, massacrados pelo cruel e infalível destino. Em menos de uma semana, tudo que ele era desapareceu, sucumbiu. Não teve como ajudar ele com os trabalhos de escola no fim de semana seguinte. Nem no seguinte. Nem no seguinte. Nem no seguinte...
É difícil entender que a consciência de alguém simplesmente possa deixar de existir. Mas é assim que as coisas são, acontecerá com todos nós e tingirá com sangue escarlate e com a negra escuridão a vida daquelas que ficam pra trás imaginando o quão banal a vida é.
A tragédia é sempre antecedida pela rotina, é sempre algo banal. A morte não bate na sua porta, não pede licença ao entrar. Me culpei por muito tempo. Por quê não deixei que fosse pra casa? Minha mãe é técnica em enfermagem, talvez percebesse que tinha algo de errado. Talvez não fosse tarde demais. E se tivesse sido diferente?
Era quinta-feira como hoje, em 11 de Outubro de 2007. Um dia que não me permito esquecer. Na véspera do dia das crianças, há cinco anos atrás, eu começava a deixar de ser uma.
E você? Já disse que ama alguém importante hoje?
sexta-feira, 14 de setembro de 2012
Um processo falho.
A
vivencia está totalmente errada, conta-se nos dedos, entre a
população mundial, quem sabe viver como um ser e usufruir de forma
consciente o que existe nesse Planeta. Há um grande mal-estar no
coração de todos, e por que? Porque diariamente, desde o primeiro
segundo em que acordamos até o último em que caímos no sono somos
pressionados pelos padrões, pelos caminhos já feitos que devemos
seguir, pela necessidade de sobrevivência no meio dessa loucura
chamada sociedade, e não temos escolha. Até mesmo nossos sonhos são poluidos pela pressão diária que sofremos, não conseguimos voar livremente nos sonhos, ficamos sempre presos a algum pesadelo, com medo, sem se mover. Há poluição e podridão
por toda parte, em todas as pessoas. Todos esperam que você tenha um
papel ou uma função importante de ordem civil, até mesmo os
autônomos sofrem preconceito por não estarem na linha assinada do
capital, e quando você não faz nada, é um vagabundo, uma pessoa de
quinta. Você só é uma pessoa de respeito a partir do momento em
que está inclinado para ajudar a desenvolver a merda capitalista.
Viver em sociedade enquanto todos ao redor te julgam, esperando o seu melhor como uma máquina? Ajuda mútua para o crescimento de nossos recursos para nossas próprias necessidades enquanto destruímos ao Planeta e a nós mesmos com ganancia e a falta de sensibilidade total para com os outros?
Ninguém olha para o seu interior, porque não tiveram tempo nem mesmo de aprender olhar para o próprio interior. Ninguém se conhece, apenas conhecemos o que nos deram para ler. Nós aprendemos a ser vazios desde o berço, quando nossos pais nos calam quando choramos, apenas para não fazer feio. Meninos são vistos como rebeldes quando fazem arte na rua, mas tudo o que eles querem é a liberdade, e tudo o que têm são os limites, e quanto mais limites, mais rebeldes.
A agressão está no nosso cotidiano, está no olhar de nossos pais enquanto nos esperam crescer com expectativa de sermos médicos, ao invés de esperar que haja o amor em primeiro lugar. Há uma troca, eles só te amam se você der um motivo assinado para isso, senão RUA, vagabundo!
Nossa confiança vale dinheiro.
Nós somos piores do que pensamos, porque até mesmo nossos pensamentos estão sendo enganados pelo conformismo.
Deixamos de ser animais para virarmos monstros vazios.
Essa é a maior doença que poderia haver em um Planeta. É uma vergonha cósmica.
Creio que se Deus existisse, ele mataria a todos, pois haja paciência para aguentar uma raça tão ruim.
Deveriamos viver comos seres, e somente.
Viver em sociedade enquanto todos ao redor te julgam, esperando o seu melhor como uma máquina? Ajuda mútua para o crescimento de nossos recursos para nossas próprias necessidades enquanto destruímos ao Planeta e a nós mesmos com ganancia e a falta de sensibilidade total para com os outros?
Ninguém olha para o seu interior, porque não tiveram tempo nem mesmo de aprender olhar para o próprio interior. Ninguém se conhece, apenas conhecemos o que nos deram para ler. Nós aprendemos a ser vazios desde o berço, quando nossos pais nos calam quando choramos, apenas para não fazer feio. Meninos são vistos como rebeldes quando fazem arte na rua, mas tudo o que eles querem é a liberdade, e tudo o que têm são os limites, e quanto mais limites, mais rebeldes.
A agressão está no nosso cotidiano, está no olhar de nossos pais enquanto nos esperam crescer com expectativa de sermos médicos, ao invés de esperar que haja o amor em primeiro lugar. Há uma troca, eles só te amam se você der um motivo assinado para isso, senão RUA, vagabundo!
Nossa confiança vale dinheiro.
Nós somos piores do que pensamos, porque até mesmo nossos pensamentos estão sendo enganados pelo conformismo.
Deixamos de ser animais para virarmos monstros vazios.
Essa é a maior doença que poderia haver em um Planeta. É uma vergonha cósmica.
Creio que se Deus existisse, ele mataria a todos, pois haja paciência para aguentar uma raça tão ruim.
Deveriamos viver comos seres, e somente.
domingo, 5 de agosto de 2012
1+1
Não me faltou coragem.
O sincretismo de todas as formas de amor é o que me torna forte. E eu prefiro ser engolido pelas chamas de uma vez a ter uma vida morna qualquer.
Eu não trocaria um beijo na chuva por toda riqueza do mundo.
Nós calamos o trovão.
E eles nunca vão entender isso. Nem você.
O sincretismo de todas as formas de amor é o que me torna forte. E eu prefiro ser engolido pelas chamas de uma vez a ter uma vida morna qualquer.
Eu não trocaria um beijo na chuva por toda riqueza do mundo.
Nós calamos o trovão.
E eles nunca vão entender isso. Nem você.
quinta-feira, 12 de julho de 2012
Across the Universe
Creio que o Universo é como uma célula viva de energia cósmica, e digo mais, não há só um Universo como vários, assim como os filamentos tridimensionais espalhados por todo canto, quisá quantas outras 30 dimensões existem e é cheio de particulas densas que nascem e explodem para formar a química quantica e temperar o espaço. Dentro da Célula existem vários corpos celestes deixando seus rastros e brilho, e fazendo suas funções para a evolução. Há incontáveis e infinitas constelações e movimentação na densidade escura a nossa volta, a prova está nos nossos limpos céus que restam. Nós somos menor do que um grão minúsculo, tão pequeno quanto uma bactéria para o que existe na totalidade, não estamos nenhum pouco sozinhos, porém saiba que a nossa consciencia se eleva tão alto quanto a expansão cósmica, e no caminho da auto-expansão há de se conhecer os cantos, planetas, luas, sóis, estrelas, galáxias inteiras, ondas, luz e radiações com forças incognoscivel e buracos negros que nos levam ao outro patamar do desconhecido. A existência nos chama para conhecer o lugar onde vivemos e nos beneficiar em harmonia como tudo o que há depois da atmosfera civilizada terrestre, e ainda pensamos em comprar sapatos de cores diferentes para sermos mais bonitos e normalmente cotidianos do que os outros 7 bilhões de minusculos grãos de poeira que vivem conosco, e tambem agimos na maior parte do nosso tempo para economizar pedaços de papel que nos mantem circulando com redundancia.
Há algo muito errado com a maioria dos habitantes do nosso Planeta.
Eu poderia ousar que Darth Vader está por trás disso, mas hesito em respeito ao que adquiriu sabedoria através de ambas as forças, e se estivesse, certamente estaríamos sendo melhor controlados. Há só alguns idiotas por trás do nosso ciclo de crenças, devemos romper as limitações impostas.
Elevem-se, kids.
Há algo muito errado com a maioria dos habitantes do nosso Planeta.
Eu poderia ousar que Darth Vader está por trás disso, mas hesito em respeito ao que adquiriu sabedoria através de ambas as forças, e se estivesse, certamente estaríamos sendo melhor controlados. Há só alguns idiotas por trás do nosso ciclo de crenças, devemos romper as limitações impostas.
Elevem-se, kids.
sábado, 7 de julho de 2012
E o broto há de surgir da lama.
Acontecimentos repentinos sempre são surpresas para nossas expectativas, fazendo-nos agir sem nenhum ensinamento ou previsão, e sejam eles bons ou ruins, sempre mudam as nossas perspectivas e nos colocam de frente a vários medos forçando-nos a escolhermos qual enfrentar para não pararmos de ultrapassar os chefes da nossa consciencia.
E para os que acham que não tem um caminho a seguir são porque suas perspectivas não se expandiram para enxergar as influencias que tocaram nossos corações por toda a história percorrida.
A morbidez é tão importante quanto o que chamamos de felicidade, pois somente passando pelos escuros pantanos e nos assustando com o sinistro e desconhecido grito de um corvo é que nos deparamos com a nossa real faceta que nada tem além de perceber como realmente somos sem espelhos ou expectadores. E devo-lhes lembrar, senhores, que a felicidade nada tem a ver com um sorriso no rosto, e sim o silencio interior que ecoa nos dando um certo brilho nos olhos e fazendo nossa compreensão ser ativada para tudo o que está e surge ao nosso redor.
Após adquirida as passagens para ambos os lados e pelas mais superficiais profundezas, você terá assinado seus pés com as poeiras, das mais sujas até as mais limpas, e a conclusão dessa assinatura existencial é a aceitação plena da solitude, que é a unica certeza que temos.
E o que buscar além disso será estampado em sua coleção do novo, como aprender a manipular naturalmente a natureza, ou apenas escrever de acordo com o seu alfabeto e por mais estreito que seja o caminho, a vastidão irá encaminhar suas intensas intenções ao vazio para que a máquina da alta consciencia humana nunca pare de girar.
E para os que acham que não tem um caminho a seguir são porque suas perspectivas não se expandiram para enxergar as influencias que tocaram nossos corações por toda a história percorrida.
A morbidez é tão importante quanto o que chamamos de felicidade, pois somente passando pelos escuros pantanos e nos assustando com o sinistro e desconhecido grito de um corvo é que nos deparamos com a nossa real faceta que nada tem além de perceber como realmente somos sem espelhos ou expectadores. E devo-lhes lembrar, senhores, que a felicidade nada tem a ver com um sorriso no rosto, e sim o silencio interior que ecoa nos dando um certo brilho nos olhos e fazendo nossa compreensão ser ativada para tudo o que está e surge ao nosso redor.
Após adquirida as passagens para ambos os lados e pelas mais superficiais profundezas, você terá assinado seus pés com as poeiras, das mais sujas até as mais limpas, e a conclusão dessa assinatura existencial é a aceitação plena da solitude, que é a unica certeza que temos.
E o que buscar além disso será estampado em sua coleção do novo, como aprender a manipular naturalmente a natureza, ou apenas escrever de acordo com o seu alfabeto e por mais estreito que seja o caminho, a vastidão irá encaminhar suas intensas intenções ao vazio para que a máquina da alta consciencia humana nunca pare de girar.
segunda-feira, 2 de julho de 2012
A Ágora Maldita.
Não faço o tipo supersticioso. Não tenho medo de passar por debaixo de escadas, não tenho lado do travesseiro favorito pra dormir, não me preocupo em entrar nos lugares com o pé direito.
Não acredito que exista um deus, muito menos vários.
Mas existe uma coisa que me assombra, que me assusta, que me amedronta. Algo sobrenatural, inexplicável. Me persegue durante o dia, me acorda no meio da noite.
É a minha maldição. Minha habilidade de me colocar em situações complicadas, meu magnetismo em relação aos piores lugares do mundo. Mesmo que esteja em dois pólos que deveriam em teoria se afastar, a maldição faz com que o impossível aconteça.
E cá estou de novo. Dizem que o Inferno é quente. Meu inferno é quente, abarrotado de gente cosmopolitana, cristã e de cabeça fechada, que te olha de cima abaixo. Pessoas que te encaram com um improvável misto de inveja e pena.
Eu nasci no inferno quando ele ainda era apenas uma Califórnia de papel machê, cidade Potemkin do sucesso. Existem cabeças que não se adaptam, elas são excluídas. No Inferno, não há espaço para quem pense diferente. Vista as mesmas coisas, leia os mesmos livros, compre os mesmos discos.
A oportunidade de escapar surgiu e fugi como sempre quis. Mesmo que eu fosse a personalização da incerteza, sempre achei que minhas aspirações exigiam saltos maiores. Mas o Inferno é imutável, ou você leva o estilo de vida dele, ou foge e busca seu espaço em outros lugares.
Porém pela segunda vez desci ao inferno. Talvez porque parte de mim nunca tenha saído do Inferno. Talvez porque parte do Inferno nunca tenha saído de mim. Evitar rostos conhecidos é uma estratégia para sobreviver por aqui. Eu preciso de gente que finge que gosta de mim tanto quanto preciso de dentes no meu rabo.
Morei muito tempo aqui, nunca me senti em casa, mas depois de sair é diferente. Uma vez que saí do inferno e vi o mundo, voltar aqui é extremamente desgastante. Sinto-me sufocado pela hipocrisia e ignorância que me cercam. É constante o receio de ter que trocar sorrisos falsos com pessoas que acham que fizeram parte da minha vida.
A maldição me trouxe de volta. Mas meu contrato com o demônio já está no fim.
Espero vocês no lado de fora, onde o ar é mais fresco e posso ser realmente quem sou.
"I hate this town
It's so washed up
And all my friends
Don't Give a fuck
They'll tell me that it's just bad luck
When will i find where i fit in?"
Não acredito que exista um deus, muito menos vários.
Mas existe uma coisa que me assombra, que me assusta, que me amedronta. Algo sobrenatural, inexplicável. Me persegue durante o dia, me acorda no meio da noite.
É a minha maldição. Minha habilidade de me colocar em situações complicadas, meu magnetismo em relação aos piores lugares do mundo. Mesmo que esteja em dois pólos que deveriam em teoria se afastar, a maldição faz com que o impossível aconteça.
E cá estou de novo. Dizem que o Inferno é quente. Meu inferno é quente, abarrotado de gente cosmopolitana, cristã e de cabeça fechada, que te olha de cima abaixo. Pessoas que te encaram com um improvável misto de inveja e pena.
Eu nasci no inferno quando ele ainda era apenas uma Califórnia de papel machê, cidade Potemkin do sucesso. Existem cabeças que não se adaptam, elas são excluídas. No Inferno, não há espaço para quem pense diferente. Vista as mesmas coisas, leia os mesmos livros, compre os mesmos discos.
A oportunidade de escapar surgiu e fugi como sempre quis. Mesmo que eu fosse a personalização da incerteza, sempre achei que minhas aspirações exigiam saltos maiores. Mas o Inferno é imutável, ou você leva o estilo de vida dele, ou foge e busca seu espaço em outros lugares.
Porém pela segunda vez desci ao inferno. Talvez porque parte de mim nunca tenha saído do Inferno. Talvez porque parte do Inferno nunca tenha saído de mim. Evitar rostos conhecidos é uma estratégia para sobreviver por aqui. Eu preciso de gente que finge que gosta de mim tanto quanto preciso de dentes no meu rabo.
Morei muito tempo aqui, nunca me senti em casa, mas depois de sair é diferente. Uma vez que saí do inferno e vi o mundo, voltar aqui é extremamente desgastante. Sinto-me sufocado pela hipocrisia e ignorância que me cercam. É constante o receio de ter que trocar sorrisos falsos com pessoas que acham que fizeram parte da minha vida.
A maldição me trouxe de volta. Mas meu contrato com o demônio já está no fim.
Espero vocês no lado de fora, onde o ar é mais fresco e posso ser realmente quem sou.
"I hate this town
It's so washed up
And all my friends
Don't Give a fuck
They'll tell me that it's just bad luck
When will i find where i fit in?"
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